[3] Tequila Blood

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#APorraDoFioVermelho

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#APorraDoFioVermelho

🛹

Depois da faculdade, eu voltei para casa apenas para me arrumar para sair com Yoongi e Hoseok. O cansaço quase me fez desistir de ir, mas a lembrança amarga de ver aquele maldito fio preso ao anelar de Hyuna me fez desejar mais do que tudo uma dose bem caprichada de tequila.

Eu vivo com a minha mãe em um apartamento do subúrbio de Seul. Não é um lugar muito grande nem de muito luxuoso, mas é aconchegante o suficiente para duas pessoas e uma gatinha preta viverem de forma digna. Quando entro, a primeira coisa que vejo, logo após deixar meus sapatos e meu skate na entrada, é minha mãe sentada no sofá da sala. Ao lado dela está Bituca, que não da uma foda pra minha chegada — essa ingrata.

Linda e fofa, mas ingrata.

— Cheguei — digo sem muita animação, pendurando minha bolsa no cabideiro ao lado da porta.

Minha mãe me cumprimenta do sofá, acompanhando com o olhar quando vou para meu quarto. Ele é pouco iluminado, porque diante da janela a vista que tenho é de outro prédio, por isso, mesmo que ainda haja uma quantidade razoável de luz solar nesse começo de fim de tarde, eu ainda preciso ligar luz pra iluminar melhor o ambiente.

Minha mãe aparece na porta junto de Bituca, que não perde tempo em pular na minha cama para que eu faça um carinho rápido nela. Logo em seguida, vou até o guarda roupa separar as peças que vou usar para sair antes de ir tomar banho.

— Você vai sair? — ela pergunta em um tom nem tão feliz. — Achei que tínhamos combinado de você ficar em casa essa noite.

— A gente combinou de eu voltar pra casa, não houve nada sobre ficar.

Posso escutar o som de sua decepção através do longo suspiro que ela dá. Já tivemos inúmeras conversas como essa e hoje em dia, minha mãe já parece cansada demais para insistir, por isso ela apenas dá de costas e volta para a sala. Eu sigo como se nada me afetasse, pegando uma toalha e rumando em direção ao banheiro.

Meu banho é rápido, já que eu não perco tanto tempo refletindo sobre meu próprio ressentimento com a vida. Quase tão rápido quanto, coloco minha roupa. Como o objetivo é curtir — e também porque Yoongi me mataria se fosse o contrário —, procuro caprichar no visual. Não é como se eu fosse vestir algo glamoroso de repente, mas ao menos tento pegar minhas melhores peças dentro do guarda roupa: uma jaqueta de couro preta, por cima de uma camisa igualmente preta; cinto de couro da mesma cor, prendendo a camisa dentro da minha calça que é, hm, preta também.

Em minha defesa, eu gosto de combinar minhas roupas com a cor da minha alma.

Pra melhorar um pouco, eu decido abrir mão do boné — novamente, porque Yoongi me mataria se eu ousasse aparecer usando um na frente dele —, penteando meu cabelo para trás com um pouco de gel, exibindo a lateral raspada e também os piercings em minha orelha. A tatuagem na lateral do meu pescoço, despontando de dentro da camisa para fora, também fica mais exposta, mesmo com a gola grossa da jaqueta limitando um pouco a visão.

Mil Tsurus • JJK + PJMOnde as histórias ganham vida. Descobre agora