Capítulo 33

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Amanda

Estou animada com a viagem, agindo como uma boba apaixonada... A centrada Amanda que nunca agiu por impulso, que sempre tinha cada passo de sua vida programado, agora está aqui arrumando sua mala para as Maldivas na companhia de um mafioso.

Terminei de arrumar a mala, saindo do closet a levo até o quarto. Estou usando uma blusa cropped preta e uma calça jeans hot pant. Optei por usar uma roupa simples.

Vicenzo entra no quarto usando calça jeans, uma camisa cinza e uma jaqueta marrom, gosto dele com roupas normais, sem aqueles termos formais.

— Você já está pronta?

— Sim... Quanto tempo a viagem vai demorar??

— Acredito que umas 19 horas.

— Nossa.

Ele aproxima-se de mim acariciando meu corpo e me beijando.

— Vamos achar coisas bem interessantes para fazer durante esse tempo.

Sorrio para ele.

— Você tem razão.

Já estamos no carro a caminho do aeroporto provavelmente. Estamos saindo acompanhados de três carros, um na nossa frente e dois atrás.
No nosso carro tem o motorista e um segurança no banco da frente, Vicenzo está com uma arma, notei quando abracei ele, isso me deixa desconfortável, pra que tudo isso?
Sempre que saímos é a mesma coisa... parece até a caravana presidencial, no dia do jantar foi a mesma coisa.

Logo chegamos no que parece um aeroporto particular não é tão grande, mas avisto um Jatinho com a tripulação uniformizada parada a frente.

Os quatro carros param e eu já me posiciono para sair, mas Vicenzo coloca a mão sobre minha perna, eu entendo o sinal, devemos esperar.

Olho para fora e os seguranças desceram e estão olhando para todos os lados, que exagero penso eu.

Um deles caminha até o carro abrindo a porta para Vicenzo, ele sai do carro e estende a mão para mim, quando alcanço sua mão escuto barulho de carros se aproximando. No mesmo instante Vicenzo me empurra para dentro do carro novamente e saca sua arma.

— Fica abaixada.

Ele fecha a porta me deixando sozinha no carro.

Estou assustada o que está acontecendo??

Escuto Matteo gritar.

— Deixem eles pensarem que nós encurralaram, os reforços estão só esperando. 

Vicenzo tem uma expressão diabólica em seu rosto.

Dois carros aproximam-se atirando, Vicenzo e os seguranças usam os carros para se proteger dos disparos. Estou em pânico.

Mais dois carros aproximam-se interceptando os dois veículos que atiram em nossa direção.

Me jogo no chão do carro com as mãos na cabeça, lágrimas inundam meu rosto, escuto vários disparos, pneus cantando.

Merda, merda... Porque isso sempre acontece comigo. Por isso ele não quer eu fora da mansão, sou um ímã de problema.

As coisas parecem ter se acalmado escuto Vicenzo gritar.

— Não vamos matar os miseráveis que ainda estão vivos, quero interrogar todos.

Me levando e fixo o olhar para a direção de onde vem a sua voz.

Avisto Vicenzo cercado por seus seguranças mais de quinze, três deles seguram homens imobilizando seus braços.

Um dos homens que está imobilizado grita em um idioma que eu não entendo.

— ital'yanskaya nechist', tebya ub'yut!
(Escória italiana, vocês serão mortos!)

Então Vicenzo responde o homem parecendo furioso.

— Proklyatyy russkiy, zdes' umrut tol'ko ty.
(Russo maldito, os únicos a morrer aqui serão vocês.)

Ele acerta uma coronhada no rosto do homem e volta a falar.

— YA ub'yu Nikolay, kak ub'yu tebya.
(Vou matar Nikolay assim como matarei você.)

E então ele volta a desferir varias coronhadas no rosto do homem.
O Soldado de Vicenzo solta o homem, o mesmo cai no chão já sem forças. Mas Vicenzo não para acerta vários chutes no homem que cuspe sangue, então ele aponta a arma para o rosto do homem e fala.

— Escória Russa.

Em seguida ele atira matando o homem. Escuto Matteo falar.

— Agora só temos dois para interrogar

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— Agora só temos dois para interrogar.

— Ninguém me ameaça, ainda mais um Russo miserável.

Estou em choque, tenho a impressão que tudo gira ao meu redor, não consigo respirar. Vicenzo acabou de matar um homem a sangue frio.
Abro a porta do carro e começo a caminhar sem rumo. Estou tonta, minha visão está embaçada, tropeço e acabo caindo, tento levantar, então percebo o que me fez cair, um corpo, é um dos homens de Vicenzo com seu rosto desfigurado por um tiro, solto um grito assustada.

Me jogo para trás tentando me afastar apavorando. Sinto mãos me levantarem, é Vicenzo.

— Calma já acabou.

Ele me abraça.

Eu desabo... Ele me pega em seus braços.

Parece que finalmente a minha ficha caiu, eu fui muito ignorante ao pensar que toda a segurança a nossa volta era um exagero... Como sou burra, não sou mais uma garota do subúrbio... Pessoas querem eu morta, querem Vicenzo morto, não é um jugo, um homem acaba de morrer defendendo nós.

Escuto a voz dele dando ordens enquanto sou tomada por uma crise de ansiedade.

— Vamos voltar... Quero uma equipe me acompanhando e outra arrumado a bagunça aqui.

Vicenzo

Estamos no carro voltando para casa, Amanda está tendo uma crise de ansiedade, seu corpo inteiro treme, ela chora sem parar.

A seguro em meus braços com força. As Maldivas vão ter que esperar...

Vicenzo: O filho do Don Where stories live. Discover now