Capítulo 53

42.2K 3.3K 361
                                    

Matteo

Os gritos de Martina Bonanno ecoam por todo galpão, Vicenzo está torturando a desgraçada já fazem duas horas ininterruptas. Depois de sair da pista de decolagem viemos direto para cá, ele está transtornado, tomado por fúria.

Finalmente ele sai do cômodo onde o "interrogatório" de Martina aconteceu. Ele está com um martelo na mão direita, sem seu paletó, sua camisa branca está toda ensangüentada, assim como suas mãos e rosto.

Olho para dentro da sala, Martina está irreconhecível, seu corpo sem vida encontra-se desfigurado em uma poça de sangue.

— Alguma informação nova Vicenzo?

— Não, a desgraçada que procurou Nikolay oferecendo ajuda, ele prometeu para ela proteção na Rússia e a vadia burra acreditou... Será que a ordinária pensou mesmo que depois de ajudar no sequestro da minha mulher, existiria um lugar seguro para ela?!

Ao falar o nome de Amanda sua expressão se transforma em dor.

— Agora chegou a hora de falar com os nossos prisioneiros Russos.

Acompanho ele até a sala, onde um dos Russos está amarrado em uma cadeira de metal fixa ao chão.
Quando o homem vê Vicenzo todo ensangüentado e com um martelo na mão, sua expressão é de medo... Eu não julgo, pois ele está conhecendo o lado mais sombrio de Vicenzo Gambino e desse até eu tenho medo.

— Começa falar Russo, pois estou sem paciência.

O homem continua em silêncio, Vicenzo se aproxima dele com passos firmes e desfere uma martelada na cabeça dele, em seguida agarra o homem pelo pescoço e começa um diálogo em Russo.

My zdes', chtoby razobrat'sya s vashey smert'yu. Kto reshayet, bystryy byudzhet ili net, vy. (Estamos aqui para tratar da sua morte, quem decide se ela será rápida ou não, será você).

Ele ergue o martelo.

— A última pessoa que torturei não teve essa opção... Você deve ter ouvido os gritos dela...Vou quebrar cada osso do seu corpo com essa martelo, começando pelos membros... Vou me certificar que você esteja consciente... Continuarei martelando, martelando, até você morrer agonizando com seus ossos quebrados, sua carne terá a consistência de geleia.

Ele pega sua arma na outra mão.

— Ou posso dar um tiro em sua cabeça te dando uma morte rápida... chto budet? (O que vai ser?)

Idi k chertu, ital'yanskaya svoloch'! (Vá para o inferno, escória italiana!)

— Não, quem vai para o inferno é você e eu serei o seu carrasco.

Ele começa desferir marteladas nas mãos do homem, consigo ouvir o barulho dos ossos quebrando, o homem grita em agonia.

Os antebraços do homem estão moídos, então ele desfere marteladas no joelho do homem que grita desesperado.

— EU FALO, VOU FALAR! Nikolay nunca esteve na pista de decolagem! A ordem era que ficássemos lá em grande número, para chamar atenção, como se estivéssemos fazendo a segurança do jato... Ele foi de helicóptero para outra localização.

— QUAL LOCALIZAÇÃO?

— Eu não sei, nós não sabíamos!

Cazzo! (Caralho!) A operação em torno do jato era uma distração... O QUE VOCÊ SABE SOBRE OS PLANOS DE NIKOLAY?

— Ele iria levar a mulher para Rússia, pois aqui ele seria encontrado facilmente, pois ao sequestrar a mulher de um Capo, estaria começando uma guerra com toda Máfia Italiana... Nós achamos tudo uma loucura, mas só cumprimos ordens. Ele acreditava que na Rússia teria uma chance.

Vicenzo: O filho do Don Onde as histórias ganham vida. Descobre agora