Capítulo 54

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Amanda

Estou imóvel e tensa, desde o momento em que o irmão de Nikolay foi embora.
Não sei qual será o próximo passo desse louco. Estou tremendo da cabeça aos pés, o frio está congelante.

— POLINA!

Ele grita tão alto que levo um susto. Sem demora a senhora que me levou comida adentra o ambiente.

— Senhor Nikolay Ivanov...

— Arrume roupas e comida para ela.

— Sim senhor, vou providenciar agora mesmo.

Com a cabeça baixa e passos rápidos ela se retira.

Nikolay volta a gritar.

— KRIGER, VLADISLAV!

Dois homens entram com posturas sérias.

— Quero que vocês levem ela para outro quarto, o chiqueiro que ela estava está inabitável, caso percebam alguma invasão, podem matar a vadia, eu vou preparar tudo para o nosso próximo destino.

— Entendido.

Nesse instante Nikolay deixa o cômodo, ele parece estar descontrolado, então ele ficou com medo depois do choque de realidade?! Sabia que Vicenzo iria nos encontrar.

Um dos homens pega em meu braço e o outro começa andar a frente, sigo eles, o caminho parece o mesmo do quarto que eu estava antes.

Eles abrem a porta e eu entro, o quarto é do mesmo tamanho do outro, mas esse é iluminado por uma pequena claraboia, tem uma cama de metal velha com colchão e uma porta a direita, vou até lá e vejo que é um banheiro, ainda bem, não vou mais precisar usar um balde.

A porta volta a se abrir, é a senhora de antes Polina, ela trás roupas em suas mãos e o que parece ser shampoo e sabonete.

Ela deixa as roupas na cama e caminha para o banheiro com o shampoo e o sabonete. Não vou me enfiar de volta em uma água congelante.

Idi v dush, vot goryachaya voda. (Venha tomar banho, aqui tem água quente.)

Balanço a cabeça em negativa para indicar que não entendo o que ela fala.

— Eu não falo Russo.

Ela liga o chuveiro e fala com um sotaque puxado.

— Quente!

Água quente, fico feliz, pois estou congelando, a ponta dos meus dedos estão roxas, me desenrolo da toalha e entro na água. A senhora deixa o banheiro e fecha a porta.

Lavo meus cabelos e meu corpo, finalmente paro de tremer. Desligo o chuveiro, enrolo a toalha em meu corpo e volto para o quarto. A senhora não está mais aqui, encontro as roupas na cama e uma bandeja com uma tigela de sopa.

Visto as roupas que ela deixou, calcinha, sutiã, meias, uma calça de moletom escura e uma blusa com mangas compridas de lã.

Estou com muita fome, pego a tigela e começo comer a sopa quentinha, está maravilhosa, é como se fosse a melhor coisa que já comi na vida.

Deito na cama e me cubro para me manter aquecida, pois aqui é muito frio, em pouco tempo acabo adormecendo...
Não sei por quanto tempo dormi, mas acordo com barulho na porta.

Os dois homens de antes entram no quarto, meu coração está acelerado, pois lembro da ordem dada por Nikolay em caso de invasão.

— Vista isso.

Ele joga um par de botinas no chão. Desço da cama e visto.

— Agora vem e não tente nada.

Vicenzo: O filho do Don Onde as histórias ganham vida. Descobre agora