Vicenzo: O filho do Don

Capítulo 35

Amanda

Acordo com um barulho na porta, finalmente ele chegou. Vicenzo caminha até mim.

— Você está mais calma agora?

Aceno com a cabeça em positivo.

— Desculpa não ter ficado com você... Mas eu tinha que resolver toda aquela bagunça.

O encaro apreensiva.

— Eles eram os homens de Nikolay né? Eu vi você falando com eles, parecia Russo.

— Sim.

Eu estou com medo, medo por mim, por minha vó, por Vicenzo... Eu não posso perder eles.
Vicenzo é tudo que eu abomino, é possessivo, arrogante, orgulhoso, machista, um assassino frio, mas eu me apaixonei pelo desgraçado... Fico angustiada longe dele, tenho medo que algo de ruim aconteça com ele.

Meus olhos se enchem de lágrimas e eu abraço ele com força.

— Calma tá tudo bem Amanda.

Afasto meu rosto e olho para ele.

— Eu tive medo de perder você.

Ele me encara parecendo surpreso.

E então me abraça.

— Não precisa se preocupar, nada de ruim vai acontecer... Eu vou nos manter seguros.

Ficamos assim abraçados por um tempo. Estar com ele me acalma.

— Amanda eu preciso falar com você sobre algo sério.

Me afasto e fito seu rosto.

Ele fez essa cara quando falou que matou o tal do Heitor Davis, sua filha, mulher...

— Tudo bem se você matou os Russos, eu não me importo.

E volto a abraçá-lo.

— Não é isso, é sobre você.

Me afasto encarando ele.

— Você sabe quem é seu pai?

Não entendo o porque da pergunta.

— Não... por que isso agora?

— Um dos Russos antes de morrer me falou sobre os planos de Nikolay...

Ele me encara parecendo ponderar suas palavras.

— Ele falou sobre seu pai, segundo ele você é filha de um Capo da Bratva que morreu a 5 anos... Mas seu avô ainda estaria vivo e é um Capo da Bratva.

Balanço a cabeça em negação.

— Não, isso não faz o menor sentido... Ele está louco, não tem como isso ser verdade.

— Escuta Amanda, eu pesquisei sobre sua mãe, e ela trabalhava em um clube Russo que era frequentado pela máfia russa os Bratva... E o últimos registro que encontrei dela foi uma compra de passagens para Rússia... Então tem uma possibilidade de tudo ser verdade.

Me levanto e caminho pelo quarto...vou até o aparador com bebidas, encho um copo de uísque e viro tudo.
Quando termino minha garganta arde, tusso algumas vezes, a bebida era muito forte.

Vicenzo vem até mim e pega o copo vazio da minha mão.

— Nikolay quer sequestrar você para poder se casar com a neta de um Capo da Bratva.

Eu o encaro com os olhos arregalados. A neta seria eu?? Não!!!  Eu sou a pessoa mais azarada do mundo. Aceno a cabeça em negação.

— Não, você deve estar enganado, eles mentiram para você.

Estou em pânico. Vicenzo me abraça.

— Eu não vou deixar que isso aconteça.

Ela pega em meu rosto me fazendo olhar para ele.

— Eu te amo Amanda, ninguém vai tocar em você. Eu prometo!

As palavras dele me acalentam, ele me ama, eu acredito em cada palavra que ele disse pois eu também o amo.

Nós abraçamos, deixo que as lágrimas inundam meu rosto.

Ele me pega em seus braços e me leva até a cama. Tirando o terno e seus sapatos ele deita ao meu lado me puxando para seu peito.

— Só eu e você sabemos disso, ninguém mais pode saber por enquanto.

Balanço a cabeça em concordância.

— Nós temos que casar o mais rápido possível, pois se meu pai descobrir sobre a hipótese de você ser neta de um Capo da Bratva, ele jamais permitiria, ele é o Don, sua palavra é lei.

Encaro seu rosto, ele continua.

— Sei que você me acha perverso pelas minhas atitudes, mas meu pai é mil vezes pior, ele só pensa nele.

Um calafrio passa pelo meu corpo

— Estou com medo Vicenzo.

— Não fica assim, eu vou proteger você.

Fico ali deitada nós seus braços, meus olhos vão pesando e finalmente durmo.