Capítulo 55

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Amanda

Já dentro da casa somos recebidos por um casal de meia-idade, devem ter entre quarenta a cinquenta anos. Eles usavam roupas simples, a mulher tinha fisionomia triste e mantinha a cabeça baixa.

— Nikolay é sempre uma honra servir a Bratva, estamos aqui para servi-los... Somos muito gratos aos Bratva por nos deixar cuidar da propriedade.

— Certo Rurik...

— Os soldados já estão em suas acomodações na casa dos fundos, a Olga preparou a suíte principal para vocês.

O que?? Suíte principal para "nós" não, não mesmo... Não vou ficar no mesmo lugar que ele.

Começo a entrar em pânico, dou alguns passos para trás.

— Não, eu não vou ficar no mesmo quarto que você.

Nikolay segura meu braço com força.

— Você vai ficar aonde eu quiser.

Eu não aguento mais isso, não aguento mais ser subjugada por esse demônio.

— Não, eu não vou... Tire as suas mãos nojentas de mim seu desgraçado.

— Sua vadia como ousa falar dessa forma comigo.

Ele desfere um tapa forte em meu rosto, eu cambaleio para o lado.

A mulher se aproxima assustada, gaguejando ela fala.

— Senhor... Temos mais quartos, podemos acomodar ela em outro...

Nikolay vira em direção da mulher, mas antes que ele fale qualquer coisa o marido dela desfere um soco no rosto dela, ela cai no chão e ele chuta seu abdômen três vezes enquanto fala.

— O que deu na sua cabeça?! Nunca mais se meta em assuntos particulares... Sua vagabunda! Eu te deixei muito tempo sem uma boa surra, agora está até achando que pode se meter na conversa dos outros.

Ele finalmente para de bater na mulher que se contorce de dor no chão.

— Nikolay você quer castigar ela também? Ela foi uma vadia ingrata se intrometendo em sua conversa dessa maneira.

Agindo por impulso fico entre a mulher e eles.

— Não, por favor parem.

Nikolay me encara cheio de sarcasmo e fala.

— Então você quer apanhar no lugar dela?

Fico apavorada, instintivamente levo minhas mãos a barriga.

— Não, por favor... eu estou grávida.

— Pensasse nisso antes de me afrontar.

Começo a me desesperar... Sinto falta de ar, tontura, minhas mãos tremem, meus batimentos cardíacos estão acelerados... Estou tendo uma crise de pânico, estou tomada por medo, lágrimas inundam meu rosto.

— Você é deprimente Amanda, olhe para você... Rurik a leve para o porão, ela não merece conforto algum, uma vadia ingrata como ela merece dormir no meio dos ratos.

— Sim senhor.

Nikolay deixa o cômodo e caminha em direção as escadas. Eu sinto uma sensação de alívio percorrer todo meu corpo.

Cheio de sarcasmo Rurik se dirigi a mim.

— Venha senhorita vou te levar a seu esplêndido quarto.

Sou levada até a cozinha da casa, que é enorme, a casa parece ser muito antiga, mas está bem preservada, a mobília é rústica, parece que a casa parou no tempo.
Sou levada a uma despensa grande, em um dos cantos dela tem um alçapão com cadeado, ele destranca e abre, olho para dentro, é muito escuro, consigo ver apenas o início da escada.

Vicenzo: O filho do Don Where stories live. Discover now