Vicenzo: O filho do Don

Capítulo 36

Vicenzo

Finalmente ela dormiu. Caralho, porque as coisas tem que ser tão complicadas?!
Não consigo dormir... Maldito Nikolay, você vai pagar muito caro por suas ações.

Levanto com cuidado para não acorda-lá, caminho até o aparador com bebidas enchendo um copo de uísque. Vou até a janela e observo, a propriedade está uma verdadeira fortaleza, reforcei a segurança em todo perímetro.

Eu vou casar com a neta de um Capo da Bratva. Se meu pai descobrir mata ela... Inferno! Viro meu uísque e encho outro copo.

Caminho até a cama observando enquanto ela dorme. Amanda o que você fez comigo? Só penso em protegê-la a todo custo, não suportaria se algo acontecesse com ela.

Término meu uísque e vou para o banho.

Vou fazer um casamento rápido o mais breve possível somente no civil, assim ela já será minha esposa... Meu pai não vai aceitar só isso, vai insistir em um evento grande. Mas a preparação para isso vai levar no mínimo um mês... Ele vai querer chamar todos os membros importantes da máfia italiana e nossos aliados. E tem que ter muita mídia presente, Nikolay não ousaria um ataque com dezenas de fotógrafos, repórteres e paparazzi.

Só de pensar nos planos de Nikolay tremo de raiva, desfiro dois socos na parede... Eu vou matar o miserável com minhas próprias mãos.

Término meu banho e deito ao lado dela, demora mas finalmente pego no sono.

Amanda

Acordo e Vicenzo não está, fico deitada por um tempo pensando em tudo que ele me falou ontem.

O que aconteceu com minha mãe? Deve estar morta... Ela era tão jovem quando engravidou, tinha a minha idade, porque ela não abortou se iria me abandonar?
Tenho sorte por ter minha vó.

Pego meu celular e decido ligar para ela.

— Oi vó.

— Oi, estou com tanta saudade de você.

— Eu também estou.

— Quando você volta para casa?

— Não sei ainda.

— Amanda eu não estou te reconhecendo, você abandonou tudo, até seu emprego.

— Eu sei.

— Espero que você não se arrependa...

— Eu não vou, sei o que estou fazendo.

— Eu sei, você sempre foi muito responsável, não pense que estou chateada, estou feliz por você, espero que ele seja uma pessoa boa e que te faça muito feliz.

— Ele faz.

— Fico muito feliz por você Amanda.

— Você já está em Nova Iorque?

— Não.

— Não quero que você fique preocupada, mas alguém arrombou a porta aqui de casa... Foi estranho que não levaram nada, só o seu quarto estava bagunçado.

Fico apavorada com o que ela disse.

— Quando isso aconteceu?

— Já fazem dois dias.

— Vó você tem que tomar cuidado.