capítulo 07

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Yasmin.

Eu não sabia se o perigo ia mesmo me matar. Ele tinha me trazido de volta para o quarto que estavamos antes dele precisar de mim.

Estava amarrado outra vez na cadeira, só que dessa vez não conseguia ver nada.

Ele deixou a venda no meu rosto.

Minha barriga roncava muito, meus pulsos doíam e minha cabeça.

Minha tia deve estar tão preocupada apesar de não termos uma boa.

Implica muito comigo, ela acha que eu não deveria perder meu tempo na faculdade.

Que eu deveria só trabalhar e blá blá blá.. aquele papo de tia que não teve nada disso na minha idade.

E tem um pouco de preconceito também.

Vai ver ela deve tá adorando que eu não estou em casa, no fundo eu sempre soube que ela só me criou porque meu pai era irmão dela.

Não duvido nada que ela adoraria se livrar sim de mim, mas aí ela iria querer o dinheiro dela de volta.

Escuto a porta abrir E logo depois passos firmes.

Yasmin: Quem tá aí? - perguntei com medo.

Sinto quando passa a mão em meu cabelo e depois a venda é retirada do meu rosto.

Olho para trás e não sei porque, mas eu me sinto aliviada quando vejo o Mob.

Ele não tem cara de ser tão mal assim.

Yasmin: eu vou morrer agora ? - pergunto fazendo uma careta.

Ele faz que não com a cabeça.

Mob: você tá com fome? - Ele pergunta.

Yasmin: Acho que vou desmaiar de fome. - Falei.

Ele desamarra minhas mãos, passei os dedos por meu pulso estavam vermelhos.

Mob: eu trouxe isso pra voce.

Pela primeira vez noto um prato com um sanduíche e um copo de suco.

Mob: é nosso segredo. - fala com uma piscada.

Me entrega o prato e trato de comer logo. Mobi senta na cadeira que tinha de frente a minha Ele não tem cara de quem fala muito.

O Mob é alto, forte, moreno e o corte do cabelo dele lembra do exército.

Ele também tem muitas tatuagens.

Aquele sanduíche estava uma delícia, meu estômago agradecia muito.

Eu queria perguntar se o perigo ia me matar de uma forma muito dolorosa ou se ele ia me torturar antes, oque da na mesma.

Mob: tenta fazer um acordo. - Mob fala do nada.

Yasmin: O que ? - pergungei sem ter entendido nada.

Mob: tente negociar sua vida com o perigo. - mob diz me encarando.

Yasmin: E se ele não aceitar?

Mob: bom não custa nada você tentar. Eu sei que ele vai te ouvir. Agora come logo isso.

Apenas concordo e continuo a comer.

O que eu posso negociar?
Não acho que ele aceitaria.

(...)

Mob tinha me deixado sem a venda oque foi bom, observei melhor o lugar onde estava.

Além da porta da saída, tinha uma outra porta atrás de mim, uma janela, uma mesa e um colchão no chão.

O lugar não era sujo, mas a iluminação amarela deixava o ambiente meio sombrio.

A porta é aberta com brutalidade, perigo entra segurando uma arma. Ele fecha a porta e me olha.

Perigo: vamo acabar logo com isso. - Ele fala sem explessao no rosto.

Caralho, acabei de ajudar ele e é assim que ele agradece? Me matando?

Pensei.

Yasmin: não perigo, eu não quero morrer. - Falei.

Ele não dá ouvidos para o que falo, ele caminha e para a poucos metros de mim.

Perigo destrava a arma e aponta para mim.

Yasmin: eu faço o que você quiser, mas por favor não me mata. Eu juro que eu faço qualquer coisa.

Ele abaixa a arma e me olha estranho.

Perigo: Qualquer coisa? - Ele perguntou.

Faço que sim. As lágrimas já escorriam pelo meu rosto.

Yasmin: você só tem que fazer uma coisa. - digo encarando ele

Perigo: E qual seria? - Ele pergunta me olhando.

Yasmin: deixar minha tia em paz e me deixar se despedir dela. Prometo não falar nada do que eu vi. - falo sem ter certeza se ele aceitaria aquilo.

Por mais que eu acho que a minha tia não esteja nem aí para mim, eu precisava saber se ela tava bem.

Eu precisava pelo menos me despedir da única família que restou para mim.

Já que eu perdi tudo.

Acho que até não seria tão mal morrer assim.

Ele Parecia pensar seriamente no que eu tinha pedido a ele.

Ele precisa aceitar!

Perigo: Beleza. - Ele fala. - você vai trabalhar na minha boate.

OQUE ? UMA BOATE ?

O assalto.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora