29 : Versão espelhada

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★★★★★★★★★★

Um eu  inventado
Um espírito da liberdade
Que não vive a liberdade
Correndo livre pelas praias de algo chamado Califórnia

Meu ser divino
De consciência espiritual

Acolher ser de outras datas
Amar e de não ser amada
Na ansiedade de paixões acolhedoras e sonhadoras

Mergulhada na ilusão do glamour
das coisas problemáticas ao chamado social explorador

Pelo sul da insana contemplação do poder de uma vida sem cor 

O saber de proibição era um doce que  não conseguia largar

O álcool e a poluição do cigarro era uma destruição de si mesma que fazia pensar que era algo superior

O vício que se repetia
A queda de quem não via

A morte de um lindo beija-flor

Naquela varanda de casa azul ao laranja ela se via pequena e solitária
Abandonada

Uma versão que saiu de um campo verde para ser engolida pelo glamour da cidade

Ao som de risadas ela morria na própria dor de mentir pra si
uma loucura que não tinha cura
Mergulhou naquele lago de cristal
Se tornando outra
Esse era uma versão inventada
de todas essas coisas tolas
Uma versão espelhada do que não ser

Entre Marés Where stories live. Discover now