35 : Jin

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Pra quem não conseguiu capturar às entrelinhas dessa poesia é só ler às entrelinhas da música e assim entenderá o enigma não tão enigmático assim

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Suas mãos tremiam
Suas respostas de tarde
viravam dias
E seus olhares eram escapavéis
Como lagoas verdes em uma tarde de verão quente
Eu mergulhava naquelas lagoas assassinas

Seus gestos me hipnotizavam
Meus negros olhos lagrimejavam de ansiedade

Um desconcerto me dominava
me deixava sem fala
Com aquele ruborizar

Perdida na timidez de seu sorriso
Coração batendo descompensado
Meu corpo reagia rápido
Meus lábios tremiam na fala
E as mesmas me deixavam monossílaba

Meus pensamentos viajavam para longe

Eu não conseguia fazer muita coisa

Outro doce proibido da tarde

Outra loucura dessa minha locução imaginaria

Essa química estranha que não se explica

Uma tortura enraizada

queria afastar o mais rápido dos raios

Tudo isso me levou para um atropelamento em um trilho de trem
Novamente
Novamente
Que desconfortável
Meu corpo parece precisar disso
querer disso

mas minha mente dispensava algo
Que barulhentas coisas do meu subconsciente rabugento
Que barulhentas coisas da minha cabeça sem controle

Um repelente de emoções enganosas,
Eu não poderia ter isso por um fruto do éden

Eu não poderia ter um Jin na minha mente

Eu não poderia ter um sentimento de prejuízos escancarados
E mesmo que eu tivesse
Eu sabia dos boatos

Ele não gostava de rosas
E sim de cravos

Entre Marés Where stories live. Discover now