63 : Pardal

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Eu estava desistindo
Sabia a covarde que era
Mas como eu poderia lutar ?
Como poderia continuar?
Como?
Se eles me caçavam por entre às árvores de frutos estrangeiros
Eu era um pardal preso em gaiolas
Minha coragem me denunciava para prisões
É tarde demais
Minhas desculpas de sempre estavam acabando
Mas minhas asas sangravam á cada tentativa de me livrar daquela corja
Eu estive sonhando com um final melhor
Eu estive fugindo pelas brechas de pequenos delírios ilusórios
Eu estive lutando com o tempo
Me vi encurralada pela vida repentina
Hoje sinto suas garras em minha carne
Me ameaçando
Dizendo que eu posso morrer fora do muro
Eu sei de tudo isso
Eu sei
Eu quero minha liberdade
Eu quero minhas vontades
Mas eu
Eu me vi dependente da minha gaiola
E tento todos os dias fazer pedidos às estrelas
Mas em momentos a solidão me quebra
E em momentos ela também me fere.

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