poesia de número 48 = Daquela para ti

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Daquela para ti
Que sorrir quando te ver
Que desfaça o coração para o invisível,
Que te imagina entre ilusões
Pequenas ilusões tão distintas que mal se dá de se ver
De pequenos espaços e
de pedaços de existência minimalista,
Me vi nessa embaralhada emoção de sentimentos
Sem entender acabei me perdendo
Dizendo que é tudo de bom
E é bom,
É magnífico,
Eles também mentem
Eles também nos enganam,
Mas deixo pra lá,
E me deixo vencer,
Entre tantos de tantos fui logo gostar de ti,
Entre tantos de tantos eu arisco ainda gostar ti,
Daquela para ti
Que te beija com um sorriso
Que te beija com olhos de coloração carvão
Que te beija nos pensamentos
Que acalenta a presença fingindo normalidade,
Quando tudo que se ver agora, é esse tão doce aroma de passagem
Que compartilha o ar que respira
Que maravilha
Me deixei ficar bêbada pela paixão
Que odiosa paixão
Logo me vai embora de mim
Que me deixa agraciada com pequenos poucos de ti
Com detalhes tão poucos de ti
Fui me deixando apaixonar ainda mais por esses detalhes pessoais que criei de você,
Mesmo na minha fraca promessa de não me apaixonar,
Fui enganada por essa minha tola mente falha,
Que insiste em gostar de ti.

Entre Marés Where stories live. Discover now