Mike and The Principal's Office

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— E aí eu falei pra ele tipo "mano, você tá doido?" e ele riu tão alto que saiu arroz do nariz dele! — Falei, vendo Keith já vermelho de tanto rir, sua mão batia de forma pesada em meu ombro, como quem implorava para que eu parasse, mas era muito bom ver ele daquele jeito. Eu me vestiria de palhaço apenas para ouvir ele gargalhar daquela forma. — E foi assim que o Kyle começou a ser conhecido como plantador de arroz, é uma analogia bem esquisita.

— Ai Mike, tu tá me matando! — Ele disse, limpando algumas lágrimas que já se formavam no canto de seus olhos.

Eu adorava estar daquele jeito com Keith, ainda mais sentindo que o tempo pouco importava, porque estávamos juntos. Era um evento raro minha casa estar completamente vazia, e eu gostava de usufruir o máximo dela daquela forma. Por isso, eu andava de baixo para cima colado em Keith, o abraçando o máximo que podia e quase o extorquindo por seus beijinhos doces, algo que ele fingia não gostar, mas eu sabia que ele amava tanto quanto eu aquela sensação.

Naquele momento estávamos sentados no sofá de minha sala, completamente jogados, com as roupas mais confortáveis que conseguíamos vestir, nossas pernas entrelaçadas uma na outra de uma forma que, se um tentasse levantar, o outro cairia no chão. Eu havia alcançado sua mão e a acariciava de leve enquanto ele tentava se recuperar do meu combo de piadas mortais que quase tinha lhe dado um ataque de asma novamente, era muito perigoso fazer Keith rir. Assim que ele se recuperou, meu olhar apenas pairou sobre seu rosto de uma forma que eu não conseguia mudar. Haviam tempos em que eu só conseguia encarar sua beleza, cativado por ela de uma forma que eu nem conseguia explicar, ele tirava todo o meu fôlego.

— Que foi? — Ele perguntou, sua voz um pouco mais aguda de tanto rir, assim como sua face mais avermelhada.

— Nada, é só... Muito bom ter você aqui comigo, dessa forma. Eu podia ficar assim escutando sua risada para sempre e não me importaria com isso, ela é linda demais. — Eu sorri, vendo ele desviar o olhar.

— Ai... Tu podia ter me avisado antes né? Assim eu vou ficar mais sensível ainda, Mike. — Ele disse, respirando profundamente enquanto encarava a televisão desligada.

— Foi mal. — Eu sorri. — Ei, Keith.

— Hm?

— Eu posso te beijar? — Perguntei com um sorriso, vendo ele sorrir e me olhar também, concordando com a cabeça. Rapidamente eu me ergui no sofá, tomando cuidado para desentrelaçar nossas pernas, ajoelhando em sua frente. Vi seu rosto um pouco envergonhado e sorri mais largamente, me curvando sobre ele. Antes de selar nossos lábios, encostei de leve nossas testas, sentindo sua respiração agitada em meu rosto, e então, o beijei.

Um beijo lento, com um ritmo um pouco bagunçado por conta da agitação anterior, mas ainda sim muito coerente e calmo, como se o mundo inteiro esperasse apenas por aquilo. Era algo até mesmo etéreo, sentir seu corpo tão próximo, seu nariz encostando de leve no meu, seus lábios macios se dobrando e mudando de posição com pequenos intervalos. Tudo aquilo me deixava extremamente fraco, parecia que Keith sabia exatamente como eu gostava de beijar e usava isso cruelmente contra mim. Senti suas mãos lentamente abraçando minha cintura, a apertando de leve, fazendo com que meu corpo se arrepiasse. O empurrei de leve com minha boca, me equilibrando com apenas uma mão, levando a outra para sua barriga.

Aqueles movimentos constantes pareciam fazer com que ambos de nós nos perdêssemos em nosso pequeno mundo, onde apenas o outro importava, e no fim, era exatamente isso que eu sentia toda vez que eu estava com Keith. Acariciei sua barriga levemente, vendo seu corpo se mover bruscamente, mesmo que ele não me parasse naquele momento. Então, com todo cuidado do mundo, peguei a borda de sua camiseta e a levantei lentamente, mas algo me parou antes que eu completasse a ação.

Mike, Keith and the... 2Where stories live. Discover now