Mike, Keith and the... 2

Mike and The Wedding

❤

Eu encarava a televisão da sala com um olhar um pouco confuso, mas realmente por motivo nenhum. Apenas tentava entender o que estava acontecendo naquele filme confuso que estava passando ali, e que eu não havia nem conseguido descobrir seu nome no fim das contas. Ajeitei minha camiseta que ameaçava cair para revelar meu buchinho e então voltei a me sentar no sofá, apenas então percebendo que eu não tinha ideia de onde estava meu celular.

Jurava que havia o posicionado próximo de mim, na mesinha de centro, mas dentre as três horas que eu estive ali naquele dia ensolarado, em algum momento ele sumiu. Chequei os bolsos de meu shorts, no sofá, embaixo do vaso da mesinha, em volta dela no tapete e até mesmo dentro das dobras do sofá, não achando. Lembrei que minha mãe havia aspirado a sala mais cedo e me levantei, já pouco me importando com o filme naquele ponto, caminhando rapidamente até seu quarto onde ela estava com Agustin. Bati na porta algumas vezes e depois de ouvir uma confirmação de ambos, entrei.

Não podia negar que ainda era um pouco estranho ver eles abraçados daquela forma, mas era algo que com certeza eu deveria me acostumar. Apressei minha fala para que eu os encarar não ficasse muito estranho, até mesmo pigarreando perante o susto breve.

— É... Mãe, você viu meu celular por aí? Depois que você passou o aspirador lá na sala ele sumiu, já procurei lá em tudo e não achei. — Encostei no batente da porta, mirando meu olhar diretamente em seu rosto.

— Hm... Acredito que não vi ele não, filho. Será que você não deixou na cozinha ou algo do tipo? — Ela perguntou, fazendo com que eu desviasse meu olhar rapidamente e passasse a ponderar se eu realmente tinha o deixado em algum lugar, mas não fazia nenhum sentido. Eu não tinha saído da sala em todo o tempo em que estive por lá, e mal e mal peguei meu celular, apenas para responder Keith algumas vezes que também estava ocupado, ajudando o pai a fazer uma faxina em casa. Talvez eu quisesse ter falado mais com ele pelo dia, mas não queria atrapalhar ele naquela missão complexa de fazer a Sra. Henderson parar de espirrar por conta da poeira que se acumulava facilmente em sua nova, porém já velha, casa.

— Não sei, mas obrigado. Vou dar uma olhada. — Sorri rapidamente, vendo ela concordar com a cabeça, então virei de costas e fechei a porta, sentindo um arrepio frio. Ainda bem que eu tinha batido antes.

Caminhei mais uma vez para a sala, agora empenhado em revirar aquele local inteiro. Olhei embaixo do sofá e da estante da televisão, na área da mesa, em volta no chão mesmo, e mesmo assim nada foi encontrado. Fui rapidamente para a cozinha, agora com um sentimento extremamente ruim na barriga, de um gelo agoniante. Olhei em volta, nos gabinetes e até mesmo no centro na ilha, mas realmente não achei nada. Nesse momento minha mente começou a ir para caminhos que eu nem conhecia, imaginando se eu acabei por dormir e entraram em casa e roubaram meu celular, ou se havia algum gnominho por aí que estava pregando uma peça em mim, mas de qualquer forma nada disso importava.

Estava começando a achar que eu ia ficar maluco por conta do sumiço repentino de meu celular, mas rapidamente uma visão fez com que meu foco mudasse completamente. Demorei para realmente entender o que havia visto, me aproximando rapidamente por conta de uma pontinha vermelha aleatória que vi sumindo atrás do meu sofá, já me acostumando com a ideia de ver um ser barbudo de quarenta centímetros com um chapéu vermelho e roupas verdes, ou então algum ser muito assustador que iria completamente me traumatizar por toda a vida. Franzi o cenho e caminhei diretamente para perto do sofá, vendo uma imagem que superou completamente a de um gnominho. Se bem que, no fim das contas, era uma visão bem parecida com um gnomo ladrão.

— M-Mãe! Agustin! Corram aqui agora! — Eu gritei com um tom de voz bem alto para que eles me escutassem de porta fechada, não sabia o quão desesperado eu tinha soado naquele momento, mas escutei rapidamente a cama dela ranger e logo depois a porta abrir, Agustin primeiro saindo com uma feição confusa, me perguntando baixo o que havia acontecido, e logo depois minha mãe, com um rosto bravo e com um pé de cabra na mão, algo que fez com que meu rosto se confundisse um pouco.