#08

109 12 2
                                    

O salão real pulsava com vida, os acordes de uma música clássica ecoando pelas paredes adornadas. O cenário, uma festa grandiosa em honra ao herdeiro do trono, ganhava contornos dramáticos enquanto Deidara se retirava da celebração em busca de solace nos corredores labirínticos do palácio.

Sua figura, banhada por uma luz tênue, revelava um misto de tensão e melancolia. Os lábios, há pouco entrelaçados aos de Sasori em um beijo intenso, agora exibiam uma expressão perplexa diante do imprevisto. Mãos trêmulas e respirações ofegantes, a e
fervilhancia do momento abruptamente interrompida pela entrada de Obito.

A imponência do alfa se fazia presente ao afastar Sasori de Deidara em um gesto decidido. O confronto iminente entre os dois alfas era palpável. No entanto, Deidara, o ômega envolvido nesse intrincado triângulo, não permitiu que a agressão física tomasse o controle.

- O que você está fazendo aqui?" - Indagou Deidara, enfrentando a figura irritada de Obito, enquanto os ecos da música clássica se dissipavam.

O confronto verbal ganhava espaço, revelando as nuances de um relacionamento tenso e complexo. Mãos apertando cinturas com firmeza, olhares carregados de emoções conflitantes. Obito justificava sua ira com uma possessividade tóxica, enquanto Deidara questionava a necessidade da violência na resolução de conflitos.

Em meio a esse impasse, a intervenção providencial de Itachi fazia necessária. O Uchiha de cabelos compridos, com uma mistura de descontentamento e desaprovação, separava os envolvidos, lançando um olhar repreensivo a Obito.

Sasori, deixado de lado no cenário turbulento, anunciava sua retirada, deixando para trás um rastro de incerteza e tensão. Deidara, em um misto de alívio e desprezo, auxiliava o ruivo a se levantar, enquanto a hostilidade entre Itachi e Obito escalava.

A situação se aprofundava quando a porta se abria, revelando a figura de Itachi, mais uma vez intervindo e segurando Obito. A raiva e a impulsividade do alfa eram contidas momentaneamente, enquanto Deidara, envolto em emoções conflitantes, observava o desenrolar da cena.

As palavras afiadas de Itachi ecoavam no ambiente, questionando a imprudência de Obito. No entanto, a atmosfera carregada de feromônios, destacava-se como um pano de fundo, sufocando Deidara e exacerbando sua agonia.

Em um momento surpreendente, Deidara, rompendo com as expectativas, desferia um soco em Obito. Um ato impulsivo, mas assertivo, que quebrava temporariamente o ciclo de confronto. Os olhares atônitos dos envolvidos refletiam o choque diante da rebeldia do ômega.

Itachi, compreendendo a situação, intervinha para acalmar os ânimos e permitir que Deidara recuperasse seu fôlego. O ambiente tenso parecia ceder, mas as relações entre esses personagens complexos estavam longe de encontrar uma resolução definitiva.

Ao fundo, a música cessava, indicando o fim de um ato e o início de outro. Naruto, posicionado em um altar, assumia o protagonismo para proferir palavras que, ironicamente, ecoavam como um prelúdio para o que se desenrolava na sala de pintura.

Deidara, entre soluços e respirações entrecortadas, enfrentava a pressão emocional. Itachi, mesmo incomodado, respeitava a necessidade de distância. Obito, tocando a própria face atingida, contemplava a reviravolta inesperada, enquanto as teias invisíveis que os uniam pareciam esticar-se até o limite.

- Idiotas! Vocês resolvem tudo com violência!?

Obito soprou um riso irônico.

- Disse o ômega que acabou de socar minha cara.

Itachi precisou se pôr entre o ômega e o alfa, que se entreolhavam com ódio, Deidara especialmente, parecia prestes a surtar com o mais velho, que mantivera o semblante intacto e a postura rígida. - Encare como quiser.. - começou Obito - Mas aquele beta não voltará a tocá-lo, e se tocar, vou matá-lo. Grave minhas palavras, e sinta-se culpado caso o veja sem a maldita cabeça.

Perplexo, Deidara fitou o rosto de Itachi buscando alguma informação, indícios de que aquilo fosse simplesmente uma ameaça vazia, mas tudo o que conseguiu foi um olhar frio.

- Você é louco... E me deixa enojado.

Com as palavras cortantes de Obito ecoando em sua mente, Deidara retirou-se da cena tumultuada, seus passos trêmulos guiando-o em direção aos quartos do palácio. Com as mãos trêmulas, pernas fracas e a respiração levemente falha, ele se afastou, ciente de que não queria ser testemunhado em sua fragilidade naquela noite de celebração para Naruto, seu irmão.

Ao trancar-se em seus aposentos, Deidara mergulhou na solidão do espaço privado. As cortinas fechadas isolavam-no do mundo exterior, e ele permitiu-se sucumbir às emoções que fervilhavam em seu interior. Os soluços sôfregos encontraram eco nas paredes silenciosas.

A presença persistente de Obito pairava no ar, seus feromônios penetrando os sentidos de Deidara. Uma reflexão irônica atravessou sua mente, enquanto ele secava as lágrimas teimosas. "Droga, os feromônios dele estão por toda parte," pensou, sentindo-se sufocado pela intensidade da conexão não desejada.

Despojando-se do terno, que repousou indiferente no chão, Deidara arrastou-se até o centro da cama, encolhendo-se e abraçando os joelhos. Seu rosto afundou no travesseiro, um abafador para os soluços que escapavam de sua alma atribulada. Obito representava um futuro sombrio, um casamento forçado que despertava ansiedade e repulsa em Deidara. As incertezas sobre como se desenrolaria essa união pairavam como sombras sobre seus pensamentos.

O ômega ponderou sobre os trâmites da anulação que teria que enfrentar, consciente do tempo necessário para reunir os documentos e da possibilidade de Obito tentar interferir nesse processo. Um risco que ele estava disposto a correr para livrar-se das correntes desse relacionamento indesejado.

A ausência de Deidara na celebração passava despercebida, mas seu coração atormentado clamava por alívio. Rapidamente, ele se dirigiu ao banheiro, onde a banheira o aguardava, um oásis de conforto em meio à tormenta emocional. As servas, prevendo a necessidade, haviam preparado o banho. Ele agradeceu silenciosamente por essa pequena indulgência.

Despir-se foi como abandonar as camadas de um peso indesejado. Na água morna e perfumada, Deidara submergiu-se, deixando que as emoções se dissolvessem com a espuma. Contudo, um peso inesperado recaiu sobre seus ombros. O toque firme de Obito, agora uma presença etérea, o puxava brutalmente para perto, revivendo a raiva e a intensidade da cena com Sasori. Os olhos de Obito, repletos de fúria, assombravam Deidara mesmo na tranquilidade da água, enquanto o ômega enfrentava a dura realidade de um destino entrelaçado com um alfa odioso e possessivo.

~~♡~~

Honestamente não sei qual sentimento prevalece em mim em relação ao Obito. Ódio ou rancor? Dúvida genuína.

Vou esclarecer que, vou continuar a escrever com todo o meu coração, pois fazem-se dois anos que eu não escrevo sobre Tobidei e eu genuinamente morro de paixões por eles então, continuarei a escrever até quando eu sentir a chama acessa em mim, entretanto... a comunidade Tobidei passou a ser um fastasma, poucas pessoas se interessam em ler obras que acabaram de se iniciar, com poucos votos...

(Então peço que votem e comentem caso estejam acompanhando e gostando)

Voltando... O fandom decaiu de forma absurda no Wattpad e honestamente isso é desanimador, mas como disse antes, vou escrever até quando a criatividade prevalecer em mim.

Até o próximo capítulo. Beijinhos 💋

(próximo cap promete, anotem!)

𝙇𝙖𝙘̧𝙤𝙨 ✝ {𝑶𝒃𝒊𝒅𝒆𝒊} Where stories live. Discover now