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O silêncio da madrugada foi rompido pelo pulsar do desejo e pela respiração entrecortada dos dois. Obito jamais imaginara que passaria horas incontáveis admirando alguém dormir, até que se viu envolvido pela serenidade estampada no rosto do ômega em seus braços. Deidara parecia um anjo adormecido, suas bochechas coradas pelo frio, os lábios entreabertos exalando uma respiração tranquila, e os fios dourados espalhados como um halo sobre seu rosto, contrastando com seus cílios claros.

Num gesto instintivo, Obito acariciou as bochechas do ômega, seus dedos deslizando suavemente até o pescoço, enquanto arrumava uma mecha de cabelo atrás da orelha do mais jovem. Um sorriso se formou em seus lábios ao admirar Deidara, porém se desfez quando os olhos do ômega se abriram lentamente, encontrando os dele.

— Obito? - A voz doce de Deidara ressoou, fazendo Obito suspirar e afastar delicadamente os dedos do corpo do ômega.

— Não era minha intenção te acordar. - Murmurou, franzindo levemente a testa quando Deidara se aproximou e timidamente o abraçou.

— Por favor, continue.

Sem hesitar, Obito continuou a acariciar Deidara. Seus dedos percorreram delicadamente as feições do mais novo, descendo pelo braço do loiro, apertando-o suavemente enquanto o abraçava.

— Estou sem sono, mas você precisa descansar. - Parou de mover a mão ao ouvir um murmúrio, sentindo o aroma do ômega preencher o ar, despertando sua própria resposta primal. — O que foi?

— Seus feromônios... - Deidara se sentiu estranho com a sensação, o cheiro rústico e forte de Obito era intimidante, mas ao mesmo tempo atraente.

— Foi instintivo. - Obito lutou para controlar seus instintos, enquanto sua mente e corpo reagiam à proximidade de Deidara. Murmurou para si mesmo: - Maldição...

Deidara ergueu o rosto para Obito, confuso com o repentino palavrão, e ficou ainda mais envergonhado ao sentir a ereção do alfa contra si, afastando-se rapidamente.

— Eu não sabia que você ficaria assim. - Gaguejou, agarrando o lençol ao seu redor enquanto se sentava e se aconchegava. — Aonde você vai?

— Volte a dormir e me desculpe por isso. Vou resolver e volto logo para a cama.

O ômega observou enquanto Obito se levantava e se dirigia ao banheiro, e antes que pudesse pensar em fazer algo, Deidara segurou a camisa do alfa, puxando-o de volta para a cama com determinação, embora seus olhos brilhassem com timidez.

— Me deixe... Ajudar.

Obito ficou surpreso, mas não teve tempo de recusar, pois Deidara agiu por conta própria e o puxou de volta para a cama, ficando por cima dele de forma desajeitada, mostrando que estava disposto a tentar.

— Você não precisa fazer isso. Não quero que se sinta obrigado. - Obito segurou o braço de Deidara firmemente, impedindo-o de fazer qualquer movimento. Deidara suspirou, olhando timidamente para o volume entre as pernas de Obito, parecendo hesitante em continuar, mas mesmo assim prosseguiu, olhando nos olhos do mais velho.

— Eu quero. Deixe-me tentar. - As palavras saíram baixas e incertas, mas Deidara retirou seu braço das mãos de Obito e começou a acariciar a ereção por cima da calça, mantendo os olhos fixos nos de Obito, que brilhavam de desejo.

— Já que insiste. - Um sorriso presunçoso apareceu nos lábios do Uchiha ao perceber a hesitação de Deidara em tocar, e ele guiou a mão do ômega até a barra de sua própria calça, abaixando-a enquanto observava a expressão surpresa de Deidara.

— Não tenho certeza de como fazer...

— Nunca fez isso antes? - Obito se aproximou lentamente do pescoço de Deidara, deixando um beijo na área e outro em seu ombro, guiando a mão do ômega até seu membro. — Segure firme... - O alfa mordiscou o lábio ao sentir o aperto mais firme. — Isso, agora mova sua mão.

— Assim? - Deidara sussurrou, estremecendo ao sentir a respiração quente de Obito em seu pescoço. Ele continuou a acariciar o membro de Obito, seguindo suas instruções cuidadosamente, e arrancou um rosnado do Uchiha ao tocar a glande com os dedos.

Seus toques eram desajeitados, ele nunca havia tocado ninguém, nem a si mesmo, conscientemente. Mas Obito estava sendo paciente, o que deu a Deidara confiança para continuar.

À medida que ele ganhava confiança, os movimentos se tornavam mais rápidos e firmes. Obito gemia e rosnava, indicando que estava gostando, então Deidara continuou.

Seu aperto estava forte, Obito pediu movimentos rápidos, e Deidara sentiu o membro pulsar em sua mão.

A escuridão da noite era o cenário perfeito para o alívio de tensão entre eles. Envolvidos pela luxúria que queimava em seus corpos, Deidara segurava com firmeza enquanto deslizava os dedos até a glande escorregadia, circulando-a com o polegar, num movimento lento e provocante.

Os gemidos do alfa foram abafados quando ele pressionou seus lábios contra os de Deidara, beijando-o com uma intensidade avassaladora. Suas línguas entrelaçavam-se num ritmo hipnotizante, deixando Deidara sem fôlego e Obito faminto por mais.

As mãos de Obito deslizaram até o cabelo loiro de Deidara, envolvendo os fios com cuidado enquanto intensificava o beijo, afundando-se no calor um do outro. Deidara pressionou a palma contra o membro de Obito, bombeando com mais vigor, aumentando a velocidade dos movimentos e intensificando o aperto nos cabelos de Obito.

Quando se afastaram, ambos estavam ofegantes, recuperando o fôlego enquanto o prazer do alfa atingia novos patamares. Obito jogou a cabeça para trás, cobrindo a própria boca para abafar o gemido rouco que escapou de seus lábios.

— Porra... Você me enlouquece. - gemeu ele, colando sua testa contra a de Deidara, guiando-o para movimentar a mão com mais precisão. E finalmente, Obito atingiu o ápice do prazer, despejando-se nas mãos desajeitadas de Deidara.

A respiração de Obito estava ofegante, enquanto o coração de Deidara palpitava rapidamente ao ser inundado pela sensação de ter agradado tanto ao alfa. Então, ele sorriu, observando a expressão relaxada de Obito.

— Muito bom, loirinho... - Obito sussurrou contra o pescoço de Deidara, deixando um beijinho antes de tirar a camisa, agora suja de Deidara, Em seguida, ele guiou o ômega até o banheiro para se limparem adequadamente, e ambos trocaram de roupa, com Obito providenciando uma camisa limpa para o ômega.

—  Fiz algo errado? - Deidara inclinou a cabeça, sentado na cama enquanto Obito pegava uma camisa limpa para si. Quando ele voltou, Deidara ergueu os braços para que Obito o ajudasse a vestir, e o alfa o fez pacientemente.

—  Seu toque ainda é um pouco tímido, e você parecia estar brincando com meu pau. Mas eu posso te ensinar. Na próxima vez, talvez você queira usar sua boquinha? - Obito esfregou levemente o polegar contra o lábio de Deidara, inclinando-se para deixar um selinho rápido em seus lábios, abrindo um sorriso sugestivo.

— É grande. Não tenho tanta confiança para colocá-lo na boca... Ainda estou surpreso que tenha cabido em mim. - Deidara suspirou, admitindo sua insegurança. Obito riu, ajeitando-se na cama novamente, esperando que Deidara se deitasse para abraçá-lo por trás, como antes.

— Apenas concentre-se em dormir agora. Faça quando se sentir pronto e confiante. - Murmurou, arranjando um espaço para encaixar as pernas entre as coxas dele. — Coube... Você engoliu meu pau por completo. - Deidara corou intensamente, escondendo o rosto entre os travesseiros e se encolhendo na cama, puxando o edredom sobre si, enquanto ouvia apenas o riso suave de Obito ecoar pelo quarto.

— Seu idiota... - Murmurou, sentindo o aperto ao redor de sua cintura se intensificar.

Determinado a ter a última palavra, Deidara se acomodou na cama, enquanto Obito apenas concordava com um resmungo e permanecia na mesma posição, deixando o ômega consumido pela vergonha até que ele finalmente caísse no sono mais uma vez.

....

Só pra dar um gostinho.

Fim das notas.

Beijinhos 💋

𝙇𝙖𝙘̧𝙤𝙨 ✝ {𝑶𝒃𝒊𝒅𝒆𝒊} Where stories live. Discover now