#09

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- Obrigado pela presença de todos - ecoaram as palavras de Naruto no microfone, aliviando a tensão que o envolvia. Ele se apressou em direção aos amigos - Nara, os Hyuuga, Gaara e Temari. Um sorriso se desenhou em seu rosto ao cumprimentá-los, enquanto o assunto fervilhava em torno de um festival enigmático que se aproximava na vila.

Naruto, curioso, se aproximou de Shikamaru, perguntando sobre o local do evento. "Em uma propriedade... Digamos oculta. Não posso dizer muito, mas eu planejava te convidar", sussurrou Shikamaru, revelando um mistério que aguçou a curiosidade de Naruto.

- Me parece bom - concordou Naruto, sua expressão animada revelando o entusiasmo diante da perspectiva do baile mascarado. Ele se inseriu na conversa sobre a festa, criando um espaço para sua empolgação.

Sasuke ergueu seus olhos distantes até Itachi, que se aproximou com expressão severa, acompanhado por Obito, carregando seu habitual cinismo. Ao tentar questionar a expressão sombria, foi interrompido por Madara, seu tio, que se aproximou com incerteza estampada no rosto. Todas as perguntas convergiram para Obito, que bufou diante da inquisição de Madara.

"Onde está seu noivo, Obito?" ressoou a primeira pergunta de Madara.

- Quem sabe? Não pude sugerir rastreá-lo na nossa última conversa. - ironizou Obito, virando as costas para o mais velho, evocando um rosnar irritado de Madara enquanto se afastava dos dois irmãos. Isso abriu espaço para que Sasuke pudesse dirigir-se a Itachi.

- Pode segurar as coisas sozinho hoje? - suspirou Sasuke. - Haverá um festival mascarado, e eu planejo ir e encontrar alguém.

- Juízo. - murmurou Itachi antes de se afastar, parando junto à mesa de bebidas.

Distante, Obito seguiu seu próprio caminho em busca do loiro que havia se perdido em meio ao caos daquela noite. O tumulto pairava no ar, e suas preocupações haviam tomado um rumo inesperado. Enquanto em circunstâncias normais ele se entregaria a diversões e flertes, agora sua mente estava inquieta, consumida pela incerteza sobre as interações de Deidara.

Ao notar a agitação das serventes concentradas em um único quarto e ouvir o nome "Deidara" ser mencionado, Obito sentiu a irritação crescer. Determinado, ordenou que a porta fosse aberta. No entanto, a mulher com as chaves em mãos recusou-se, olhando-o com incredulidade. Ignorando as formalidades, Obito tomou as chaves, prestes a abrir a porta quando uma das servas, Anko, gritou escandalosamente.

"Senhor Uchiha, você não deve interromper o príncipe!" ela exclamou, desafiando-o. Obito virou-se lentamente para ela, encarando-a com firmeza, iniciando uma discussão acalorada. Ele afirmava seu direito de entrar como noivo de Deidara, enquanto Anko retrucava, alegando que o loiro não apreciava invasões, especialmente vindas de "alfas fajutos".

- Anko! Por que vocês continuam gritando? - A voz de Deidara interrompeu a discussão, sua figura envolta em um robe de seda azul marinho. Os cabelos loiros pingavam, e suas bochechas, nariz e olhos mostravam sinais de lágrimas recentes. Ao se deparar com Obito, o corpo de Deidara congelou, tentando esconder as marcas pelo robe levemente justo.

- O que faz aqui? - questionou Deidara, visivelmente desconfortável.

- Vim conversar - retorquiu Obito, lançando um olhar fulminante para Anko, que ainda segurava as chaves.

Deidara suspirou e fez um gesto para que a servente largasse as chaves. "Caso não tenha notado, não estou em clima festivo. Então, por favor, saia", pediu ele, firme. Ao tentar fechar a porta, Obito impediu com o pé, arrastando-se para dentro do quarto.

- Eu não quero brigar, Uchiha, apenas me deixe descansar ou vou ser forçado a chamar os guardas - advertiu Deidara, mas Obito desafiadoramente respondeu: "Então chame."

𝙇𝙖𝙘̧𝙤𝙨 ✝ {𝑶𝒃𝒊𝒅𝒆𝒊} Where stories live. Discover now