Inicialmente, era apenas um plano, uma união destinada a salvar um reino à beira da falência, uma troca de interesses mútua.
No entanto, o Uchiha era intimidador, exibindo uma postura soberba, típica de um alfa que compreendia seus privilégios e del...
A mão de Naruto ergueu-se até seus próprios lábios, tocando-os enquanto permanecia vidrado no Uchiha, tão perplexo quanto ele. Desfez o nó da máscara, deixando-a cair no chão, revelando para Sasuke quem era, embora o cabelo dourado fosse especifico o suficiente.
- Merda... - murmurou Sasuke, apoiando as mãos em uma parede, abaixando a cabeça enquanto tentava digerir como lidaria com a situação.
- Desculpe... Eu não devia ter aceitado vir com você, mas eu não tinha certeza de quem você era.
- Somente finja que isso nunca aconteceu. Entendeu? - Sasuke se aproximou de Naruto, apoiando uma das mãos em seu ombro, fitando as orbes claras. - Diga-me que entendeu. Está ciente do que pode acontecer caso alguém saiba disso, não está? Se chegar no ouvido de Madara...
- Eu sei - engoliu em seco - Não direi, você tem a minha palavra. - A proximidade foi abruptamente quebrada, e Naruto sentiu falta, levando-o a agir por impulso, agarrando o braço do Uchiha.
- Sasuke?
- O que está fazendo? - Sasuke franziu as sobrancelhas com a atitude inesperada, arregalando os olhos quando o ômega agarrou sua gravata e o puxou para perto.
- Podemos continuar? Digo, já cometemos um erro, que ao menos seja um erro digno. - O olhar de Sasuke caiu sobre os lábios inchados de Naruto, o leve rubor das bochechas e a respiração quente batendo contra o queixo do mais velho. Sasuke sorriu inconscientemente e concordou, mergulhando naqueles lábios doces e delicados, devorando-os. Diferente da última vez, suas línguas dançavam em busca de espaço, querendo mais. As mãos apertavam com firmeza a cintura do ômega, erguendo-o do chão, forçando-o a passar as pernas ao redor de si. Uma mescla de impulsos, desejo reprimido e a promessa de um erro que ambos estavam dispostos a cometer.
Do lado de fora, a música ecoava com uma batida diferente, mais agitada. Hinata, seduzida pela conversa de uma das dançarinas, Ino, quase cedeu ao que parecia ser um erro. No entanto, antes que a situação se agravasse, Gaara apareceu, agarrando-a e levando-a de volta ao camarote. Lá, encontrou Neji e Shikamaru envolvidos em uma discussão acalorada.
- Hyuga e Nara, por favor, o camarote ao lado, todos dessa festa podem ouvir vocês gritando, já chega! - O ruivo se exaltou, conseguindo a atenção do ex-casal, que ficou em silêncio enquanto encaravam pontos diferentes.
- Devemos ir embora. Onde está Naruto?
- Ele desceu com vocês. Não faço ideia de onde esteja - Neji se pronunciou, ignorando totalmente a existência do Nara na sala, pegando suas coisas e deixando o camarote.
- Eu procuro ele. - Shikamaru enfim disse algo, suspirando profundamente antes de se levantar e descer, iniciando a busca pelo Uzumaki.
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Naruto estava desacreditado, realizado e ao mesmo tempo tenso. Beijar Sasuke, quem tanto almejou, em um bordel era uma conquista inesperada. Contudo, corriam sérios riscos se alguém soubesse. Sasuke fez Naruto prometer não contar a ninguém, nem mesmo a Deidara ou aos amigos. Naruto concordou, pois também não desejava um casamento sem amor.
Observando como era para Deidara estar noivo, não parecia ser algo que desejava para si mesmo. Não queria impor esse destino a ninguém, especialmente a Sasuke. Casar-se com ele poderia encerrar qualquer chance de conhecê-lo melhor.
A celebração dedicada a si já havia passado, mas o beijo tão caloroso permanecia fresco em sua memória. Naruto esqueceu até mesmo de mencionar para Sasuke que nunca havia beijado ninguém. No entanto, o moreno não reclamou em momento algum. O beijo foi movido pelo desejo e pelo momento, acontecendo de forma simples e espontânea. Os toques de Sasuke permaneciam em seu corpo, e Naruto se encontrava encantado em diversos aspectos, envolvido por um misto de emoções.
Em outro aposento, Kushina penteava seus longos fios ruivos, sentada na beira da cama, aguardando Minato retornar ao quarto para dormir. A noite havia sido cheia e caótica, proporcionando um breve esquecimento dos problemas que enfrentavam, da pressão absurda de Madara querendo apressar o casamento entre Deidara e Obito, como se o desespero fosse dele.
Suspirou, tentando afastar os pensamentos e problemas, pois era hora de descansar. Minato entrou no quarto, trazendo consigo uma pasta de trabalho, o que fez Kushina repreendê-lo com o olhar, pois não era o momento para lidar com assuntos profissionais.
- Querido, o que conversamos sobre isso? - Os olhos azuis de Kushina encararam o rei na cama, que suspirou e desviou o olhar.
- Preciso garantir a segurança destes papéis. É a anulação do casamento de Deidara, consegui mais rápido do que o esperado. - Minato se agachou, retirando um pequeno cofre de baixo da cama. A ruiva observou incrédula, desconhecendo a existência do cofre em seus aposentos. - Desculpe-me, eu não dormiria bem longe deles.
- Está bem. - Apoiando as mãos no colo, Kushina sentiu o peso sobre a cama e grunhiu quando Minato se aproximou, pegando a escova de suas mãos para pentear seus fios ruivos bem cuidados.
Se existia alguém que conseguisse amar o cabelo de Kushina, esse alguém era Minato. Fascinado pelo vermelho vivido, ele soube que deveria se casar com ela. No entanto, havia um problema na época: Kushina era uma beta.
Determinado, Minato começou a entupir a mulher com hormônios, transformando-a em uma ômega disfarçada o suficiente para convencer a todos de que era uma ômega digna de se casar com alguém da realeza. Casaram-se, mas tiveram problemas para gerar um herdeiro. Foi quando aceitaram o pedido de uma amiga falecida para adotar Deidara.
Criaram Deidara com amor e cuidado, como se fosse deles de sangue. Naruto surgiu de um acidente durante uma das noites em que Minato entrou no cio. Com tantos feromônios, Kushina ficou trancada com o homem por dias, tornando-se uma ômega recessiva incapaz de manter um feto com vida até o final da gestação, ou assim pensavam.
Naruto foi um milagre, um sobrevivente antes mesmo de vir ao mundo. Kushina tinha muito orgulho disso e amava imensamente seus filhos, mais do que a si mesma.
- Vamos dormir? - convidou Minato. A ruiva se aproximou e deitou-se sob as cobertas, apoiando a bochecha no peito do alfa. Minato a envolveu em um abraço apertado, permitindo que ela dormisse confortável e da forma que gostava, sentindo seus feromônios.
...
Curto porém objetivo. Apenas queria dar um fim no evento, enfim, tivemos a ausência nesse capítulo dos nossos queridinhos mas prometo que os próximos vão ser dedicados inteiramente a eles.
