capítulo 1: O começo de tudo.

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Despertei me sentindo completamente assustada como se algo na minha vida estivesse sendo arrancado de mim outra vez, tenho tido sonhos com aquele dia terrível.

Eu era pequena, apenas uma criança, mas as palavras ditas por minha mãe ainda me assombravam.

- Luna, se esconda- Gritou ela.

Eu não sabia para onde, mas segui sua ordem. Vi o armário do meu pai no canto do quarto que era cheio de móveis enormes, fui até ele e o abri. Nunca tinha visto seu interior, possuía várias armas e coisas que até hoje não sei explicar, mas mesmo cheio de coisas eu consegui entrar, no mesmo instante que entrei, o som da porta sendo arrancada me fez saltar, tentava ficar em silêncio, mas as batidas do meu coração poderiam terem sido ouvidas á quilômetros. Escutei minha mãe falando algumas palavras em latim, mas não às entendi. Então uma batida no chão, pela fresta do armário minha tive a visão de minha mãe, caída. Entrei em prantos, mas ainda assim conseguia me manter em silêncio.

- Cadê a menina, Lisandra? – Um grito me assustou, era uma voz forte e que me causou medo.

- Você nunca á encontrará, ela já está longe nesse momento. Nunca irá tocar um dedo em minha menina, nem que para isso eu tenha que morrer. – Minha mãe responde cuspindo sangue.

- Não se preocupe Lisandra, isso irá acontecer e a menina ela não está longe daqui, posso sentir seu poder e raiva, vou acha-la e usar isso a meu favor. – A voz diz.

- Nunca! – Minha mãe grita com uma força inabalável.

- Luna, venha até mim, não vou te fazer nenhum mal, irei te proteger dessa mulher que diz ser sua mãe.

Aquelas palavras ainda ecoavam em minha mente, ela era minha mãe...

- Minha filha, não o escute!

Suas palavras foram interrompidas por um chute. Eu não conseguia ver o homem, mas via minha mãe e aquilo me doía muito. Pensei que se me entregasse ele salvaria minha vida, mas então fui mais para trás do armário e vi que tinha um fundo falso pelo qual eu poderia sair.

A casa de minha infância era muito grande eu havia me escondido onde ficava o quarto dos meus pais. A casa ficava a uma certa distância da cidade, em uma floresta. Conhecia a floresta como a palma da minha mão, mesmo durante a noite, pois meu pai me treinava todos os dias. Eu sabia várias lutas distintos, ele sempre me dizia que um dia tudo aquilo seria necessário. Minha mãe me ensinava vários idiomas diferentes, assim como todas as matérias, já que não frequentava a escola.

Segui por dentro do armário e vi um pouco de luz, era a luz da lua. Continuei por aquele lugar pequeno e escuro e ainda escutava o som abafado da minha mãe e aquele homem conversando, mas não conseguia entender. Finalmente consegui sair e estava na floresta. Corri até a área de treino favoritas do meu pai e o encontrei lá. Corri para seus braços e chorei. Ele me empurrou um pouco para poder me olhar.

- Alguém pegou a mamãe, estava batendo nela – Comecei a falar.

- Luna, você tem que sair daqui. Vá para a cidade e não volte nunca mais! – Ele disse.

- Mas e você e a mamãe? – Perguntei ainda chorando.

- Nós vamos ficar bem, nós vamos te encontrar, eu amo você minha luz.

- Eu também te amo, papai.

- Agora corra. Aqui – Me entregou um pouco de dinheiro – Tem tudo de você precisará, por enquanto. Filha se mantenha invisível e não seja notada. Cuida-se.

Foi à última vez que os vi. Naquele dia, eu corri em meio as lágrimas, fugi e eles morreram, eu deveria ter ficado, me entregado, suas vidas teriam sido poupadas. Quando me vi depois de tanto tempo correndo, estava na cidade eu supliquei ajuda para aquelas pessoas desconhecidas. Elas foram até minha casa e encontraram meu pai e minha mãe já mortos, foi dito a mim que haviam sido bandidos, mas eu sabia que não. Eles me queriam, mas para o que?

Parei de pensar no sonho e levantei da cama. Por ser muito nova quando tudo isso aconteceu eu tinha sido adotada por uma família da cidade, eles eram muito bons comigo. Havia a Sr. Jones e a Sra. Jones, Bob e Helena, eles eram pessoas muito legais e havia também o filho do casal, Cam, ele se tornou o meu melhor amigo e um irmão maravilhoso, nós dois não íamos para a escola, nossos estudos eram feitos em casa, conforme meu pedido. Não queria ser notada.

A Maldição da Lua ( Em Revisão )Where stories live. Discover now