A Maldição da Lua ( Em Revisão )

capítulo 33: 2 dias para o casamento.

Os dias estavam correndo e o inevitável estava perto de acontecer meu casamento. Só essa palavra fazia meu coração acelerar e meu estômago revirar, dizer sim a meu inimigo seria o maior sacrifício da minha vida e até a chegada desse momento eu tinha aberto mão de tantas coisas.
De momentos felizes com minha família como um almoço de domingo, umas férias em uma praia, ver meu pai com ciúmes de me ver com o primeiro namorado, discutir com minha mãe por causa do horário, ser aconselhada e acolhida depois de quebrar a cara com alguém, encontrar outro alguém e ter meu pai ao meu lado entrando na igreja, ver ele emocionado me entregando ao meu noivo esse que por sinal me amaria para sempre e pelo qual o sentimento seria recíproco, ver meus pais envelhecendo e ter meus próprios filhos, um almoço de domingo com toda família, ver meus pais morrerem de causas naturais depois de 60 anos de casamento, ver meus filhos crescerem e terem seus próprios filhos e envelhecer ao lado de alguém e enfim morrer eu nunca teria isso ao pensar em todos esses momentos minhas lágrimas escorriam por meu rosto quentes.
Limpei o rosto e me sentei no chão encostando as costas na cama, abracei meus joelhos e deixei todo aquele sentimento sair em forma de lágrimas.
Eu nunca tive uma vida normal e nunca teria e tudo isso por uma briga idiota de dois seres egoístas e infantis.
Minha vida desde a morte de meus pais era um rio de sangue e era ali aonde eu iria me afogar.
Cada momento da minha vida tinha sido cercada por essa maldição, desgraça e morte.
E depois o que vai acontecer? Eu vou ser um dia livre? Eu vou ser uma garota normal? Eu conseguiria um dia me livrar desse caminho de morte? Meus soluços e choros podiam ser ouvidos de longe e isso nada me importava, dane se que alguém ouvisse, sofri minha vida toda por uma causa e uma batalha que não tinha sido escolhida por mim.
E que todos enfim escutassem meus lamentos.
Minha alma queimava e pude sentir meu coração bater mais forte, cada centímetro de minhas veias se inundou de poder comecei a levitar no ar, imagens imbaralhadas em minha cabeça de todos as pessoas que tinham se ferido ou se machucado por minha culpa, vi minha mãe e meu pai eles sorriam ,escutei barulhos mais isso não me despertou.
Flexes de Dastan se clarearam em minha mente pude ver quanto estava abatido e seu aspecto era de estar doente.
- É tudo culpa sua Dastan.
Era a voz de Cam ele se aproximou e jogou Dastan com força.
- Eu devia matar você. Cam estava com uma espada na mão direita.
Dastan não se mexeu apenas ergueu o pescoço aonde queria levar o golpe .
- Eu estaria te fazendo um favor em tirar sua vida, prefiro ver você sofrer desse jeito.
- Acabe logo com isso.
- Já disse que seu sofrimento é o que me trás pelo menos um pouco de alegria, já que por sua culpa perdi ela.
- Eu também a amo.
- Você a ama?
- Você não sente nada por ela, não pensou duas vezes antes de culpa lá por tudo o que aconteceu.
- Eu fui um tolo.
- Você é e sempre foi um tolo.
- Então me mate.
- Matar você seria te salvar e nunca farei isso, sentira na pele por toda a culpa e se um dia algo tiver acontecido a ela farei questão de não deixar você mesmo acabar com seu sofrimento.
- Eu tenho repulsa por você Dastan.
- Eu sinto o mesmo Cam. Ele respondeu.
- Parem de brigar. Sebastian chegou.
- Isso vai fazer vocês encontrarem ela? Roland gritou
- Não.
- Tivemos notícias. Cloe se aproximou.
- O que descobriram? Cam falou rápido.
- Ela apareceu em umas das seções de tortura que Sun fazia. Jeny que acabava de entrar no cômodo respondeu.
- Salandrael estava sendo torturado e quando ia ser morto por Sun a Luna apareceu e o salvou. Roland falou calmo.
- Ela mandou Salandrael para o castelo de Eveline.
- E sabem o seu paradeiro? Cam falava enquanto Dastan olhava para o chão.
- Ainda não mais não tem muitos lugares para procurar agora.
- Ela vai se casar com Sun em apenas dois dias . Cloe falou
- Como assim? Cam gritou.
- Sabíamos que logo isso aconteceria.
- Mas não tão rápido, ela fez isso por nós temos que encontrar ela.
Eu não queria ser encontrada e eu tinha que fazer alguma coisa para que eles soubessem, na sala estava espelho e ao lado um vaso com flores mortas.
Me concentrei e fiz o vaso cair no chão, todos olharam.
- O que foi isso?
- O vaso caiu sozinho.
- Olhe para o espelho.
Com um pouco de dificuldade fiz algumas letras aparecerem no espelho depois de ele estar embasado.
- Olhem. Cloe gritou.
- Por... Cam leu.
- Favor... Cloe falou.
- Não tente... Sebastian lia
- Me encontrar... Dastan leu
- Já trouxe coisas horríveis... Jeny leu com lagrimas nos olhos
- o suficiente e não quero... Roland leu.
- Que mais nada os.... Cloe leu
- Aconteça... Jeny falou
- Adeus... Cam leu
- Luna. Dastan leu.
Estava sem forças quando abri meus olhos estava descendo do ar todo o quarto estava bagunçado e Sun me olhando espantado.
Desci do ar e corri até o banheiro e o líquido negro logo saiu bruscamente primeiro queimando minha garganta e saindo por minha boca, depois por meus ouvidos e nariz.
- Eu vi o que aconteceu o quarto estava no meio de um furacão e você levitava no ar.
- Eu só não entendo o porque que isso aconteceu.
- Isso não é do seu interesse.
- Olha como fala. Ele disse em tom de ameaça.
Ergui a mão e ele ficou preso na parede com os pés fora do chão e sufocando.
- Se tentar algo contra mim.
O soltei ,ele se a baixou um pouco, colocando suas mãos em seu pescoço puxando o ar rapidamente ele estava ofegante.
- Maldita.
- Está querendo que aconteça de novo Sun?
- Não.
- Saia daqui.
- Tudo bem.
Ele se retirou e fechei a porta do quarto fui tomar um banho. Via o líquido preto se misturar junto a água e descer pelo ralo.
Lá estava eu com meus pensamentos e com o tempo passando cada vez mais rápido e com o coração em pedaços.