capítulo 6

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Desci as escadas e vi Dastan, ele veio até mim.
– Precisamos conversar. – Disse Dastan, ele estava muito sério e seu olhar havia preocupação.
– Tudo bem. – Falei.
– Lembra quando perguntou o que Dalila queria?
– Claro.
Ele me olhou.
– Fala logo. – Falei sem paciência.
– Ela queria você. – Dastan falou.
– O que? – Perguntei sem entender. – Dastan, você é louco eu nem a conheço, como pode me querer?
– Luna, é muita coisa para falar de uma vez só, mas preciso te tirar daqui o mais rápido que puder!
– Por quê?
– Ela vai voltar e dessa vez não estará sozinha.
– Me conta o que ela quer comigo. – Falei assustada.
– Luna...
– Tudo bem, eu vou, mas com condições.
– Quais? – Perguntou.
– Primeiro você vai me dizer para onde vamos, segundo quando eu quiser ir embora você não me impede e terceiro você vai me contar tudo.
– Tudo bem, mas eu também tenho condições. – Dastan afirmou.
– Quais? – Perguntei.
– Você não conta aonde nós vamos á ninguém, celular apenas para emergências e você vai me deixar cuidar de você e da sua proteção sem reclamar.
– Tudo bem. – Concordei.
Ele colocou algumas roupas em malas. Fiquei pensando o quanto tempo que iriamos ficar longe.
Dastan disse que sua família sabia da história e que ajudariam em minha segurança.
Entramos no carro e quando ele estava para sair vi Cam, ele me olhou com repulsa e eu o olhei com raiva. Atravessamos a cidade e andamos por várias horas. Já estava anoitecendo quando chegamos a uma grande floresta, dentro dele podia avistar uma casa ao longe. Tempo depois nós paramos em frente dela, era uma casa antiga, porém muito conservada, ela era grande com decoração gótica e medieval. Assim que desci do carro, Dastan me olhou.
– Bem vinda á nova casa, Princesa.
Ele pegou minhas malas sem nenhuma dificuldade. Dastan era muito forte. Ele me falou que seus pais chegariam mais tarde, eles estavam resolvendo uns problemas e que nós deveríamos esperar na casa.
Em todo caminho Dastan trocou poucas palavras comigo, havia momentos que olhava para os lados ou para trás, parecia muito preocupado, assim que chegamos, ele se acalmou.
– Vamos, entre, – Disse.
– Ela é linda. – Falei observando o exterior da casa.
– Agora é a sua casa.
Entrei na casa e por incrível que pareça, ela estava limpa. Dastan ligou as luzes, percebi que os móveis eram bonitos e o lugar aconchegante.
– Nossa... – Murmurei.
– Você quer conhecer a casa? – Dastan perguntou.
– Quero. – Respondi.
Andamos e a cada cômodo, eu gostava mais. Era muito lindo. Dastan me mostrou os quartos e falou que ia mostrar o meu.
Subimos com a escada que dava á alguns quartos, o meu era um quarto com uma cama preta e almofadas azuis e roxas. A decoração era quase toda escuro, mas linda ao mesmo tempo. Aquelas eram minhas cores favoritas. Como ele sabia?
– Você gostou? – Dastan perguntou.
– Claro obrigado. Você não devia se incomodado. – Olhei para o quarto mais uma vez. Olhei para cima e vi que o teto era de vidro – Quanto tempo gastou para fazer tudo isso?
– Pedi para Roland arrumar aqui para você, como gosta de natureza, você pode ver pelo teto de vidro o céu, a lua e algumas árvores.
Sem pensar duas vezes, o abracei e agradeci por tudo mais uma vez.
– Você está com fome? – Perguntou.
– Sim. – Falei percebendo que não havia comido.
– Roland comprou pizzas no caminho.
Descemos as escadas e fomos até a cozinha, peguei dois pedaços de pizza e as esquentei, eu e Dastan sentamos um ao lado do outro no sofá e assistimos a um filme, acabei adormecendo ali. Quando acordei ouvi vozes e fui à direção devagar sem fazer barulho.
Eram Roland e Dastan conversando.
– Quando vai contar a ela? – Roland perguntou.
– Quando ela estiver pronta. – Dastan respondeu.
– Mas, ela corre perigo, precisa de ajuda – Disse Jeny saindo de um dos cômodos.
– Como posso contar tudo á ela? Quem somos quem ela é e quem a quer matar?
Matar-me? Quem iria querer isso? Será que devo fugir? É isso, eles não podem cuidar de mim eu vou me virar sozinha.
Fui para o quarto e meia hora depois já tinha pensado em tudo.
Ouvi batidas na porta.
– Posso entrar? – Perguntou Dastan.
– Sim, pode.
– Nós presamos conversar!
– Agora?
– Sim Luna, é importante.
– Agora não é o melhor momento, Dastan.
– Por quê? – Perguntou.
– Estou com dor de cabeça. – Menti.
– Me desculpe pelo importuno, vou te deixar descansar.
Dastan me deu um beijo na testa e me desejou melhoras e saiu do quarto. Apressei-me, peguei minhas malas. Esperei todos dormirem e desci as escadas devagar, sem barulho. Abri a porta de saída e quando estava fechando senti uma mão segurar a maçaneta da porta. Era ele.
– Onde você estava indo? – Dastan perguntou.
– Embora.
– Por quê? – Perguntou
– Escutei vocês conversando hoje, alguém quer mesmo me matar. – Falei.
– Sim, querem. – Dastan abaixou a cabeça. – Mas não vou deixar, eu vou te proteger.
– Não se isso for colocar sua vida em perigo, eu não quero.
– Não importo, eu vou cuidar mesmo que você não queira. – Dastan falou – Vamos entrar, já está tarde.
– Vou, mas temos que conversar.
– Amanhã tudo bem? – Perguntou.
– Tudo bem. – Ele me levou até o quarto e deitou comigo até eu dormir.

A Maldição da Lua ( Em Revisão )Where stories live. Discover now