capítulo 45

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Com meus olhos fechados sentia o sol em minha pele, havia se passado muito tempo desde de a última vez que tinha sentido e apreciado o calor do Sol.
Abri os olhos sabendo quem veria.
Meus olhos se encontraram com os dele, aquele olhar doce que ele me dava tão cheio de ternura.
- Por que me olha deste jeito?
- Não sei, você é tão linda.
- Vou me deitar com você.
- Venha. Bati na grama ao meu lado.
Ele se deitou do meu lado e olhou para o céu.
- Achei que fugiria.
- Mas por quê?
Virei o encarando.
- Saiu da biblioteca tão rápido.
- Eu não vou te deixar.
Ele se aproximou seu braço tocou o meu.
- Você mudou.
- Eu?
- Sim.
- Dastan, não seja bobo.
- Antes eu via o medo em seu olhar quando falávamos da batalha ou quando o perigo surgia, mas agora o que vejo é diferente ao falar da batalha seus olhos queimam eu posso sentir que está pronta, você se tornou muito corajosa, enfrentou seus medos e perseverou, agora fará o mesmo na batalha.
- Você realmente confia em mim?
- Confio minha vida a você.
- Está certo de sua decisão?
- Mais certo do que nunca.
Ele levantou e olhou em meus olhos.
Se aproximou e me beijou lentamente.
Ele segurava meu rosto em suas firmes mãos acariciando meu rosto.
Sentia borboletas no estômago, coloquei uma das mãos encostando no chão e a outra em seu pescoço.
Ele me beijava com paixão.
Sua língua tocando a minha devagar.
Eu ansiava por seu beijo.
Lentamente ele se afastou.
Abri meus olhos e quando olhei para o lado estava cheio de rosas vermelhas.
Olhei para trás e em toda parte do Jardim até a floresta o chão era coberto por grandes e lindas rosas vermelhas exceto por onde eu e Dastan estávamos deitados.
Ele levantou e me estendeu a mão, levantei ,quando olhei para seu rosto ele me estendeu uma das rosas.
Será que fui eu que tinha feito aquilo? Não sabia.
Corremos pelo Jardim cheio de rosas.
Dastan me pegou no colo e me girou no ar.
Não sei se pelas gargalhadas ou pelos meus gritos pedindo que me descesse todos apareceram na porta da casa.
- Mais que lindo. Cloe falou.
Roland andou um pouco e apanhou uma das rosas e entregou para ela.
Jeb fez o mesmo para Lili e Sebastian a Jeny.
- Quem fez isso?
- Não foi você Roland?
- Não.
- Pai?
- Não.
- Foi você Luna.
Me lembrei que enquanto Dastan e eu estávamos nos beijando eu havia colocado a mão no chão e assim as rosas surgiram.
Sorri e ele me olhou.
- O que foi?
- Nada. Disse sorrindo.
Ele me abraçou.
Cam estava ainda parado na porta sentia seu olhar queimar até minha alma.
Ele voltou a casa.
Me afastei de Dastan e ele me deu um beijo na testa.
- Já sei o que vai dizer, Dastan ele vai ficar bem.
- E...
- Eu sei ele conheceu uma garota.
- Espere eu falar.
- Isso é irritante, era isso que você ia dizer?
Ele me encarou e depois sorriu.
Entramos em casa enquanto os outros estavam sentados no Jardim.
- Vou tomar um banho logo volto.
- Tudo bem enquanto isso vou falar com Cam.
Dastan subiu as escadas indo em direção a seu quarto.
Aonde estaria Cam?
- Fui ao seu quarto que ficava um pouco a frente do quarto de Roland.
Bati na porta.
- Quem é? Escutei sua voz fria.
- Luna, posso entrar?
- Não.
Como assim não poderia entrar.
- Sério?
- Se for me dar sermão dizendo que vou encontrar alguém e jogar na minha cara que é o Dastan que você ama, muito obrigado mais dispenso, prefiro ficar com meus pensamentos homicidas.
- Cam.
Abri a porta com uma rajada de vento.
Ele me olhou assustado.
- Eu não preciso entrar em seu quarto para que me ouça e nem tente fechar a porta, já estou avisando.
- Fale o que quer.
- Eu não sei se vou sair viva na batalha.
- Não diga isso. Cam falou me interrompendo.
- Não quero partir sabendo que meu irmão estava bravo comigo.
- Isso é chantagem.
- Não é ,se eu perder na batalha a Lua vai me matar.
- Você não vai perder.
- Cam ,sei que dói me ver ao lado de Dastan.
- Isso não importa Luna, eu tenho que aceitar que você não pode ser totalmente feliz ao meu lado, eu desisto ,vou sempre te amar mais vou me conformar e ser o que era antes para você seu irmão e nada mais.
- Obrigado.
- Agora vai ele deve estar te esperando.
- Eu quero um abraço primeiro. Entrei no quarto e fui até ele.
Ele me abraçou forte me acolheu em seus braços.
Nós nos afastamos e seus olhos estavam marejados.
- Você está bem?
- Não, mais vou ficar pode me deixar sozinho?
- Posso.
Me despedi e sai.
Fui até o quarto de Dastan e bati na porta.
- Pode entrar.
Entrei e ele estava sem camisa com os cabelos molhados e com uma calça jeans.
Fiquei parada o olhando.
- Luna.
- O... Oi.
- Entre. Ele disse com um sorriso bobo nos lábios.
- Por que está com essa cara?
- Que cara?
- Essa. Ele respondeu rindo.
Ele foi até a gaveta e pegou uma camisa fina branca.
Ele a colocou mas mesmo assim conseguia ver seu corpo por de baixo da camisa branca e meu Deus que corpo.
- Eu vou ver se às meninas tiveram algum avanço com o feitiço.
- Espere vou com você.
Ele me deu a mão, descemos as escadas desta vez elas estavam na mesa de jantar de mãos dadas novamente sobre o um livro aberto.
- Vulnera sananda salutaris operti faciemus omne verbum quod aliquis restituat quod facere iniuriam hanc sanabo. Elas repetiam várias vezes sem sucesso.
- Outra vez.
- Vulnera sananda salutaris operti faciemus omne verbum quod aliquis restituat quod facere iniuriam hanc sanabo.
Segurei o braço de Jeny e o de Eva e Dastan no braço de Lili e Cloe.
Repetimos com elas.
E algo aconteceu.
Senti primeiro meu rosto queimar e depois tive que me afastar bati com as costas na parede.
Conseguia sentir as feridas se fechando e o inchaço diminuir até que não sentisse mais dor.
Passei a mão no rosto. E não sentia dor nenhuma.
Me olhei no espelho que estava na sala pude ver que os machucados e roxos haviam sumido.
- Conseguimos. Cloe e Lili bateram uma na mão da outra.
- Se sente bem? Jeny perguntou
- Muito bem.
Dastan ficou me olhando por um tempo. Chegou perto de mim e segurou meu rosto.
- Você está bem?
- Sim.
As feridas externas podiam ser curadas com um feitiço mas as internas com o tempo iriam se curar.
Segurei na mão de Dastan e sorri.
- Agora que tudo resolvemos eu vou para o quarto.
- Boa noite meu amor.
- Boa noite Dastan.
Ele me deu um beijo e fui para o quarto.
Ouvi batidas na porta.
- Você pode dormir aqui. Gritei
Ele abriu a porta e veio até a cama deitou se ao meu lado.
- Ainda não me acostumei que você sabe o que vou dizer.
- Isso acontece às vezes demorou para vir. Sorri.
- Você tem um sorriso tão lindo.
Eu o beijei ele me abraçou.
- Eu te amo.
- Eu também o amo.
Deitei em seu peito e ali adormeci embalada pelas batidas de seu coração e aquecida por seu braços.

A Maldição da Lua ( Em Revisão )Where stories live. Discover now