capítulo 2: A chegada.

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Nessa família eu era aceita e gostava muito deles, mas eles não eram os meus pais e nunca me obrigaram a chamá-los de tal forma. Minha amizade com Cam era ótima, nós sempre íamos para onde queríamos e eu sempre tentava arrumar uma namorada para ele, mas ele nunca queria. Cam é um menino muito bonito, pele branca, cabelo preto e olhos muito verdes. Toda vez a mesma coisa, ele sempre foge das meninas.

Nós conversamos com outras pessoas temos alguns amigos, mas meninos do que meninas. Cam não gosta que eles vão a nossa casa, porque ele sempre cisma que eles estão dando em cima de mim. Ele diz que é coisa de irmão e só quer me proteger.
Eu ainda acho que posso causar mais perigos á eles do que eles á mim.

Eu sou meio isolada, gosto de ficar sozinha no meu quarto, desenhando ou lendo. Eu ouço muitos comentários quando resolvo andar pela cidade. Falam que eu matei meus pais pelo dinheiro. Eu nunca faria isso, eu os amava e ainda a ferida não havia cicatrizado, nunca cicatrizaria.
Tirei esses pensamentos de minha cabeça e fui fazer uma das únicas coisas que gostava de fazer fora do quarto, correr.
Não sabia ao certo o quanto eu já tinha corrido pela floresta, mas resolvi voltar, pois começava a escurecer. Eu amava a natureza e todos os dias eu ia correr, era sempre a mesma rotina. A beleza e o encanto da floresta me faziam passar as vezes horas correndo, a brisa com aroma puro, a luz do sol através das folhas das árvores, era hipnótico.

Quando eu estava voltando para casa vi um caminhão de mudanças e um carro passarem por mim, nem imaginei para onde estavam indo, quase todo dia moradores novos surgiam, pois, a cidade crescia cada vez mais. O carro era todo preto e até os vidros eram escuros, não consegui ver quem estava lá dentro.

Continuei a correr até avistar novamente o caminhão e o carro que estavam ao lado da minha casa, aonde os meus antigos vizinhos haviam ido embora a duas semanas. Eu havia me esquecido disso.

Quando cheguei à frente da minha casa vi as portas do carro se abrirem e vi quatro pessoas saírem. Uma linda mulher que tinha por volta de uns 36 anos, ela vestia um longo vestido preto com detalhes dourados na cintura que deixava aquela mulher elegante e bonita. Ela tinha cabelos ruivos e olhos verdes, além dela, acho que seu marido, que tinha ao meu parecer, a mesma idade que a mulher. Ele estava com uma calça preta e um blazer azul escuro, tinha o cabelo escuro e os olhos cor de mel, também era muito bonito. Ao lado dele estavam dois meninos, um parecia ter a minha idade 17 anos, tinha o cabeço escuro e olhos azuis como a cor do céu e o outro um pouco mais velho por volta de uns 19 anos e tinha o cabelo escuro e olhos de um azul que se assemelhava a quase um violeta. Os dois eram muito bonitos, um deles sorrio para mim e eu devolvi o sorriso e entrei em casa.
- Por que está vermelha desse jeito? – Cam perguntou.

- Eu estava correndo – Respondi ofegante depois da corrida e daquele sorriso.

- Até agora? – Perguntou outra vez.- Pare de ser chato – Mostrei a língua para ele e ele me abraçou.

Ele estava estranho, algo em seu olhar era incomodo.

- Cam – Chamei e ele não respondeu – Você está bem? 

Ele estava me assustando. O empurrei e ele não se moveu. Ele me tinha em seus braços, ele era mais alto do que eu, mais forte e eu mesmo assim consegui tirar ele de cima de mim.

- O que está acontecendo com você hoje? – Pergunto, ele me olhou de cima para baixo e por um instante vi algo estranho em seus olhos.

Ele foi chegando perto, mais perto, mais perto e a cada passo que ele vinha em minha direção eu recuava. Até que me encostei na porta, eu senti que ele iria vir me beijar, mas então alguém bateu na porta. Cam me olhou e parecia que tinha saído do transe. Eu estava assustada sem conseguir entender o que acabou de acontecer, mas mesmo assim me virei e abri a porta. Me assustei quando vi aquela mulher na porta da minha casa. Cam continuava atrás de mim.             - Olá. – Ela falou.

Eu demorei para responder e quando fui falar Cam se intrometeu.

- Olá, tudo bem? - Sim, eu sou a sua nova vizinha e queremos dar um jantar para conhecer vocês e sua família hoje á noite. Gostariam de ir? A propósito, meu nome é Jeny. 

 - Prazer Jeny, meu nome é Cam essa é a minha irmã – Cam falou e antes, que ele falasse meu nome eu disse.

- Luna.

Não sei se foi impressão minha ou ela estava surpresa com o meu nome.

- Que belo nome – Disse Jeny.

- Obrigada – Respondi.

- Vocês irão ao nosso jantar com seus pais? – Jeny perguntou.

Cam me olhou.

- Eles não estão em casa, então nós... – Cam começou a responder, mas eu o interrompi.

- Sim!

Não queria ficar sozinha com Cam, ele estava muito estranho. Assim que Jeny se despediu, Cam fechou a porta me olhou e como se estivesse pensado "aonde paramos" e começou a se aproximar de mim novamente. Falei que iria tomar banho e subi a escada o mais rápido que pude o deixando na sala de estar.
Entrei no quarto, fechei e tranquei a porta. Fui até a minha janela para fechar as persianas, quando olhei para a casa ao lado, me deparei com um dos meninos, filho de Jeny, ele também me olhou. Foi ele quem tinha sorrido para mim mais cedo. Nós ficamos nos olhando não sei por quanto tempo, mas pareciam horas até que alguém entrou no quarto dele e eu rapidamente fechei as persianas.
Fui tomar banho e não saia da minha cabeça a maneira como Cam havia me olhado e o por qual razão ele teria tentado me beijar? Ele era como meu irmão, não deveria agir daquela maneira.


A Maldição da Lua ( Em Revisão )Where stories live. Discover now