Para sempre, Juliet

Capítulo 11

Uma semana havia se passado desde aquele dia em minha casa, que foi uma das melhores noites em minha casa. Assistimos o filme, comemos, e logo em seguida você foi embora. Eu passei a madrugada em claro, pois parecia que eu estava sonhando acordada.

Era sábado de tarde, e Aber havia me ligado.

— Ju! Adivinha o que aconteceu? — disse ele, entusiasmado.

— Não faço a mínima ideia. — afirmei.

— O Evan me ligou, me convidando para uma festa que terá na casa de um dos jogadores do time, e disse que um deles estão dispostos a conversar comigo. — ele contou.

Eu fiquei tão feliz pelo que você fez por Aber. Ele sem dúvidas merecia um lugar no time, e merecia brilhar também.

— Sério? Parabéns! — respondi extremamente alegre.

— Agora vamos pra a parte que você não gosta. Vem comigo? — ele pediu.

— O Evan também me convidou, mas com toda essa coisa de nosso namoro, as intrigas e os boatos, eu acho que prefiro ficar em casa dessa vez.

— Faz isso por mim, Ju. Eu não quero estar sozinho lá, e você é a única pessoa que pode ir comigo.

— Você sempre me convence. — dei risada.

Eu não devia ter ido.

É tão engraçado pensar em possibilidades passadas, algo que poderia ter sido evitado se eu não houvesse ido. Mas a verdade, Evan, é que as coisas acontecem mesmo quando tudo conspira para que não aconteça.

A verdade é que mesmo se eu voltasse no tempo, eu faria tudo igual. E sabe por quê?

Porque simplesmente era para acontecer.

Quando eu comecei a escrever essas cartas eu tinha uma opinião diferente sobre isso, mas enquanto escrevo e relembro tudo, eu me dou conta de que tudo aconteceu conforme o destino queria.

Então lá estava eu novamente, fazendo sacrifícios pelas pessoas que eu amava. Eu sempre fui do tipo de pessoa que prefere ver os outros felizes do que a mim mesma, só ainda não decidi se isso é uma virtude ou um defeito.

De qualquer forma, eu sempre serei assim.

Logo, eu te liguei para avisar que eu havia mudado de ideia sobre não ir.

— Evan, eu decidi que irei. — contei.

— Ainda bem, será uma honra ter você comigo lá. — você afirmou.

— Fico feliz por isso, amor. Até mais tarde. — falei.

Amor.

Eu nunca havia chamado ninguém dessa forma, era legal como soava em minha boca.

Mas eu preferia falar o seu nome: Evan.

Escolhi uma calça de jeans preto, com alguns rasgos, e uma blusa branca. Eu gostava dessa combinação de cor, me parecia perfeitamente equilibrado.

E você também gostava.

Logo, a hora de ir havia chegado, e Aber veio me buscar. Ele morava a poucos quarteirões de mim, fazendo com que ele sempre pudesse vir em minha casa e vice-versa.

A animação dele era de deixar qualquer um ao redor feliz. Ele estava com um sorriso bobo estampado no rosto, e eu também.

Logo, chegamos na casa do jogador que me era desconhecido. O ambiente era melhor do que o da casa de Bryce, onde exalava sexo e bebida alcoólica.

Aqui, a festa parece ser algo um pouco mais formal. As pessoas estavam bem vestidas, segurando taças, os homens usando calças e blusas bem passadas.

Exceto Bryce. Ele estava com duas mulheres, uma do lado esquerdo e a outra no direito, ambas usando mini shorts, e blusas que mais aparentavam sutiãs. Bryce usava uma bermuda de praia, e estava sem camisa, os três com certeza bêbados.

Eu e Aber ficamos sentados num canto isolado, no entanto, era um lugar com vista privilegiada para a porta. Pois eu fui capaz de ver quando você chegou.

E como sempre, tu estavas deslumbrante, usando uma calça jeans azul, e uma blusa branca.

A primeira coisa que você fez foi procurar por mim, e claro, não demorou para que me achasse.

— O que está achando da festa? — perguntou.

— Estou gostando, bem melhor do que a festa na. casa do Bryce. — respondi.

— Terei que levar o Aber para falar com o Jarvis, eu já volto. — você disse. — Ou quer vir conosco?

— Não, eu sinceramente não quero ficar ouvindo sobre futebol. — sorri.

Quando você estava indo até o Jarvis com Aber, Bryce te parou no meio do caminho.

— Espera ai amigão. — ele gaguejava, visivelmente embriagado.

— Estou meio ocupado. — você respondeu.

— Vamos brincar de verdade ou desafio. — Bryce gritou, chamando atenção de todos na sala.

Todos estavam em silêncio, apenas observando o escândalo. E você não estava gostando daquilo.

— Verdade ou desafio, Cooper? — perguntou Bryce.

— Cara, eu realmente não tenho tempo para isso. — você disse.

Bryce riu.

— Você se calou, então você escolhe verdade. Se não responder, será desafio.

— Não, cara, eu não… — Você ia dizer, até que Bryce te interrompeu.

— É verdade que Daphne Holloway transa bem? — ele perguntou.

Que situação terrível eu havia sido colocada, Evan. Quando Bryce fez aquela pergunta, a primeira reação das pessoas em volta foi olhar para mim.

— Você está bêbado, Bryce. — você respondeu.

— Você não respondeu. Então eu agora te desafio a levar a sua bela Juliet para cama, se você for capaz, claro. Ou se outro não chegar primeiro. — Bryce riu. — E na pior das hipóteses, tirar a virtude de sua namoradinha.

O seu olhar se encheu de fúria. E eu sabia o que você estava prestes a fazer.

Você levantou seu braço esquerdo e deu um murro no rosto de Bryce, fazendo com que ele caísse no chão.

Ele não conseguia se levantar e revidar, pois estava bêbado. A boca dele sangrava, e ainda assim, ele continuava rindo, e falando.

— Já sabemos que o ponto fraco do nosso astro é a namorada demente.

Eu não ligava para as palavras de Bryce, ele era uma mistura de inveja e ódio. Afinal, se eu fosse demente ele não teria me feito aquela proposta tosca.

Todos permaneciam em silêncio.

E logo, você se deu conta do que havia feito. Veio até mim, me ofereceu a mão e andou rápido para fora daquele lugar.

— Eu sinto muito. — falei.

— Eu também sinto, Juliet. — As lágrimas escorreram dos seus olhos.

Evan, eis aqui o sexto motivo pelo qual nós não demos certo.

Você fazia tudo por mim. Mesmo que isso custasse muito para você.

Você me defendeu das coisas que Bryce estava falando, você arriscou sua carreira, você arriscou tudo por mim.

E eu não queria te destruir, Evan. Eu não queria e nem podia ser o motivo da sua ruína.