Capítulo 17

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Noite estrelada, a lua crescente em todo seu esplendor brilhava no céu na companhia das estrelas, mas ainda assim, a única a se destacar era a lua.

Tão bela, brilhosa, e singela. Em dias chuvosos, as nuvens cobrem-na e o céu fica com cores leves. Totalmente diferente do azul escuro que estamos acostumados a ver.

E com você, Evan, não era diferente.

Você era a lua em meio as estrelas, único, belo, e esplêndido. O único a receber destaque em meio a vasta imensidão de pessoas, você simplesmente resplandecia.

E assim como a lua, em momentos chuvosos todo o seu brilho era apagado. E no céu que era meu coração, a luz se apagava e sobrava apenas a imensidão de escuridão.

E foi numa noite estrelada, que aquilo aconteceu.

Em um dos jogos, você estava lá no campo em ação. Aber estava na reserva, apenas esperando uma chance para mostrar do que era capaz.

E eu estava na arquibancada, torcendo por você feito uma legítima fã. Eu admirava cada lance seu, o seu olhar confiante e desafiador ao lançar a bola dentro do gol, e quando você fazia um, corria até a parte mais próxima de mim e fazia o nosso símbolo secreto.

Apontava para a cabeça, depois para o coração, e finalmente para mim.

Havíamos combinado já havia passado semanas.

E hoje, fazem anos.

Mas eu me lembro como se fosse ontem.

Você estava deitado em minha cama, assistindo a um filme cujo tema é um astro de futebol que se apaixona pela técnica do time.

— Queria que tivéssemos um símbolo nosso, sabe? Você me dar sorte.

— Como assim? De onde você tirou essa ideia? — perguntei.

— Olha nesse filme, o símbolo dele é levantar as mãos pro céu e logo em seguida para a amada. Desde então ele tem tido muita sorte nos jogos.

— Você sabe que não sou crédula.

— Nem eu sou, Juliet. Mas a verdade é que quero que você saiba a cada momento, mesmo numa ocasião como o jogo, que você sempre está comigo. Não é para me passar sorte, e sim para me motivar.

— E como seria isso? Digo, você sabe que não sou a pessoa mais criativa do mundo. — sorri. — E nem você.

— Ah, é mesmo mocinha? Pois saiba que eu já escrevi dois livros, mas ainda são projetos engavetados.

— Você... Escrever um livro? — ironizei. — Conta outra, Evan.

— E por que não? Só porque sou um jogador de futebol não posso ser intelectual? — você sorriu. — Acorda, Juliet.

— Estou curiosa, sobre o que é o livro?

— Tem uns dragões que são os animais de estimação de um dos Deuses da história… E tem também a mulher que o Deus vai se apaixonar, a coisa que ele mais se arrepende na vida.

— Clichê. — afirmei.

— Nem todo clichê é ruim. A nossa história é um clichê, senhorita Juliet. A diferença é que não há ninguém escrevendo isso, pois coitado do suposto escritor dessa nossa história. Nós somos pessoas complicadas, complexas… E você não tem noção da dificuldade em aprofundar os personagens. — Ao terminar de falar, você aproximou as mãos de minhas bochechas e apertou-as. — Mas infelizmente essa conversa vai ter que ficar para outra hora, pois agora tenho que pensar num símbolo para nós.

Para sempre, Julietजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें