De uma maneira ou de outra.

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- Isso só pode ser brincadeira Sam! - Disse nervosa com o meu senhorio. - Quase acabou com as minhas coisas!

Sam me ligou nessa quarta feira depois de um cano ter estourado no último andar e atingido todos os outros apartamentos. Eu estava atendendo meus pacientes e tive de pedir pra senhora Goodwin pra sair mais cedo.
Minha casa estava cheia de água. Dei graças quando vi que não tinha perdido nenhum documento, eletrônico ou minhas roupas. Mas meu sofá, cama e a mesa da tv aos poucos iam estragar.

Apertei o cabelo nervosa ainda olhando para o homem na minha frente. Suspirei tentando deixar o nervosismo passar - O que vamos fazer ?

- Já liguei para a construtora, Louise. - Coçou a cabeça segurando uma prancheta, eles disseram que vão resolver em duas semanas

- E eles vão me dar um apartamento pra morar nessas próximas semanas ? - Respondi irônica. Olhei novamente o piso molhado e agora fofo, que a água ia absorvendo.

- Sinto muito, senhora. - Sam me olhou. - Eu preciso passar no restante dos apartamentos, está bem ?

- Ok Sam, obrigada - Murmurei antes de ouvir a porta bater.

Encarei a casa por 5 minutos e caminhei pro meu quarto a fazer minhas malas. Coloquei as roupas que achei que seriam necessárias na semana que eu ficaria fora.

40 minutos e duas malas depois, minha vida estava nas bolsas que eu comprei quando viajei para Chicago. Aproveitei para limpar a geladeira e jogar tudo fora, não queria que quando voltasse pra casa um alien ter invadido tudo.

Peguei minhas últimas coisas no banheiro e arrastei as malas pesadas para perto da porta. Ouvi meu celular tocar e o nome de Hank brilhou na tela.

"- Lou ?"

"- Oi Hank."

"- Eu estou no hospital, o criminoso que pegamos ontem recebeu alta. Ruzek tá levando ele pro Distrito, te procurei e não achei por aqui."

"- Aconteceu um problema no meu apartamento. - Suspirei."

"- Problema sério ?"

"- Sério. Estourou um cano de água no último andar, acabou com todos os apartamentos de baixo."

"- Você vai voltar pro Med ?"

"- Eu não sei, vou procurar um hotel primeiro. - Dei ombros mesmo que ele não pudesse ver. - Vou ligar para Goodwin."

"- Vou passar aí pra te buscar."

"- Não Hank, eu tô com duas malas. E você tá de serviço também."

"- Chego em 10 minutos."

Encarei o telefone indignada por Voight ter desligado na minha cara e liguei para senhora Goodwin, que me dispensou o restante do dia, contanto que eu fizesse horas extras.

Alguns minutos depois ouço a campainha tocar, imaginando ser Sam, mas Voight estava parado no batente da porta.
Estava lindíssimo, com uma camisa flanelada azul, e calça escura e a clássica jaqueta de couro. Eu babaria mais nesse homem, se minha casa não estivesse de cabeça para baixo.

- Como é que você subiu sem interfonar ? – Perguntei dando passagem pra ele entrar. – Cuidado onde pisa.

- Oi pra você também, amor – Riu fraco me dando um beijo na testa.

- Desculpe, estou uma pilha de nervos.

- Vamos então ?

- Pra onde ? Eu ainda não achei um hotel. – Respondi colocando a minha bolsa no ombro.

The Power of LoveWhere stories live. Discover now