Estado de amor e confiança.

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- Tudo bem então – Respondi colocando as mãos na cintura – Eu trouxe tanta coisa do Brasil quando me mudei que nem percebi o que não usava.

Erin tinha acordado cedo e estava comigo e com Nat colocando minhas roupas no closet do Hank, que agora era o meu também. Ali estava eu, em um domingo na cidade de Chicago, com as minhas duas garotas favoritas. Eu experimentava todas as roupas que eu tinha trazido do meu antigo apartamento, e que havia levado pra minha nova casa.

- Mãe, que coisa é essa? – Erin perguntou levantando um top de plumas que eu tinha comprado a alguns anos atrás, ele era um laranja SUPER neon. – Parece que saiu de uma festa de fraternidade – Levantou o top na minha direção.

Gargalhei pegando o tecido da mão da Erin. – Eu comprei em uma viagem pra Los Angeles, uma das minhas primeiras viagens internacionais, usei uma vez só.

- Lou, mas isso não tem nem condições. – Natalie pegou da minha mão. – Vai direto pra caixa de doação. – Jogou direto na caixa de papelão. – Fora!

- Eu nem tenho mais idade pra usar essa coisa. – Ri tomando um gole da garrafa de água que estava em cima do meu lado cabeceira.

- Ah, pode parar ein. – Nat falou. – Você tem um corpo incrível, está na flor da idade, é claro que pode usar.

- É verdade mãe. - Erin concordou. – Mas não nessa cor né.

Rimos e continuei guardando minhas roupas naquele closet junto com as coisas de Hank.

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Natalie continuou ali comigo até eu terminar e precisou ir pra casa ficar com Owen, Erin foi para o quarto e eu desci pra fazer o almoço de domingo. Naquele dia, estava me sentindo no Brasil, arrumando a casa, fofocando e planejando fazer uma bela lasanha. Eu estava com tantas saudades da minha família, dos meus irmãos, dos meus pais e sobrinhos, mas havia lutado o suficiente durante toda minha vida pra não desistir agora.

Voight tinha saído para resolver um problema na inteligência e Justin estava dormindo ainda, não julgava e deixava eles descansarem, na idade dos dois, eu provavelmente acordaria depois do almoço.

Terminava de cortar o alho e a cebola quando ouvi passos descendo as escadas. Um Justin de cara amassada e pijama caminhou na minha direção ainda em silêncio.

- Bom dia mamãe. – Murmurou e me abraçou de lado. – Que horas são?

- Bom dia querido. – Dei um beijo na sua cabeça. – São 9h50.

- O que está fazendo? – Perguntou pegando um copo e o leite na geladeira.

- Lasanha, precisa começar um pouquinho mais cedo. – Expliquei. – Erin me ajudou a arrumar minhas roupas e seu pai foi pra unidade. – Respondi colocando a cebola e o alho em um potinho e pegando uma carne no freezer e começando a refogar.

- Nossa, hoje eu vou comer feliz. – Disse sentando-se na bancada.

Justin e eu continuamos conversando enquanto eu continuava a fazer os preparativos do nosso almoço.

- Mãe, eu queria te perguntar uma coisa. – Justin disse mexendo nos próprios dedos.

- Mas é claro que sim, o que foi? – O olhei rápido enquanto mexia no molho.

- Bem, eu queria saber se eu posso trazer uma pessoa. – Fez uma pausa. – Aqui em casa.

Parei de mexer o molho e me virei pra olhar Justin que estava me encarando. Comecei a sentir algo estranho dentro de mim e no final constatei que era ciúmes. Justin estava crescendo, e provavelmente se interessando pelas garotas com quem convivia. O meu garotinho estava crescendo...

The Power of LoveWhere stories live. Discover now