Capítulo 12

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Mavis

— Mavis.. pedir desculpas..

— Eu só quero que me digam o que querem comigo e porque querem me manter presa aqui, não adianta forçar uma amizade depois de tudo o que fizeram. -olho para Rhysand.

Ele suspira.

— Você é uma peça chave desse mundo que todos acreditavam estar perdida ou que havia sido destruída conforme os milhares de anos. -ele disse.

— Não entendo, só tenho dezessete anos. —digo— isso não tem pé e nem cabeça.

— Você acha que tem dezessete, e está no corpo de dezessete, mas a sua alma e poder são mais antigos do que nós. -fala.

Eu pisco algumas vezes.

— Já ouviu falar em Dimon?

Eu nego.

— Dimons são as criaturas que estavam mais próximos dos deuses, se um deus morresse, um Dimon assumiria o seu lugar no panteão. —ele inclina a cabeça— são seres transmorfos que podem se transformar em uma besta, até sua maioridade eles podem se transformar no animal que quiser, mas quando atingir a maioridade, eles devem escolher uma única forma para se transformar eternamente. Seu poder pode mover montanhas e fazer fogo chover do céu.

Conforme ele falava, eu ficava cada vez mais quieta.

— Você é uma Dimon, a última que restou, e seu poder é o mais próximo que temos da mãe. —ele me olha sério— signfica que você pode salvar ou destruir tudo que conhecemos.

Eu engulo em seco.

— Mas a mãe é uma divindade criada por vocês ao longo do tempo, para ter o que idolatrar, para ter ao que fazer preces e orações de socorro. —falo— ela não existe.

— Existe, mas não em matéria, mas se essa matéria deixar de existir...

— Você com o poder mais próximo do dela irá assumir esse papel. —a grã-senhora o interrompeu— será a fonte desse mundo.

Aquilo me atingiu como um soco no rosto.

— Você não pode voltar para casa, Mavis. -Rhysand disse.

— Se você voltar, tudo será destruído. —Feyre suspira— não podemos deixar que vá.

— Eu tenho família. -disparo.

— Sacrifícios devem ser feitos..

— Eu não estou disposta a sacrificar eles, a minha vida. -declaro.

— Não há escolhas, infelizmente, acha que é satisfatório fazer isso com você? -o grão-senhor questiona.

— Rapaz, eu vou morder minha língua, porque se eu soltar tudo o que quero dizer, aí sim serei morta. -me ergo da cadeira.

— A onde vai?

— Vocês tem noção de que eu tenho as minhas vontades opiniões e achares? Não tem? —questiono— sugiro que não me façam de peão, eu não sou controlável.

— Ninguém a está controlando.

— Imagine se estivessem. —ironizo— vocês me vêem não como pessoa, e sim como uma égua indomável a qual estão loucos para pôr um cabestro.

Eu paro na porta de seu escritório.

— Eu não sou domável, grão-senhores, não fui feita para ser amarrada.

E eu saí, não dando a mínima para a voz de Rhysand me chamando ao fundo.

— Sai da minha frente, cabeça de nós todos. -empurro Helion que parecia bloquear minha passagem.

Corte De Trevas E Sombras | •AcotarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora