Capítulo 15

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Mavis

— Ela está bem? -pergunto.

— Bem inconsciente. -disse Cassian.

Eu o olho e ele ergueu as mãos.

— Desculpe, May May. -ele disse.

— May May? -Azriel ergue a cabeça e olha desconfiado para Cassian.

— É o apelido dela. -ele disse.

— Está se apegando demais, se ela morrer...

— Ela não vai morrer, não comigo por perto.

— Leah? -chamo.

A illyriana mexeu o rosto soltando um murmúrio dolorido, ela abriu os olhos desorientados e focou então em mim.

— Mavis? ... Você está bem? -ela sussurra.

— Eu quem te pergunto isso, Muié, tá doendo? -pergunto.

Ela sorriu fraco.

— É, você está bem.

Eu a ajudo a levantar um pouco no sofá.

— Onde está...

— Mortos. -disse Cassian olhando em volta.

— Vocês os mataram? General. -ela se assusta ao vê-los na sua casa.

— Eu matei um. -murmuro.

Ela me olha.

— Você? Mavis. -ela pisca algumas vezes.

— Uhum. -assenti esfregando o pescoço, desconfortável.

— Como matou um illyriano? Eu lembro de poucas coisas... -ela leva a mão a cabeça e fez uma careta dolorida.

— Não sei, só me lembro de estar com muita raiva, e quando volto a mim... Eu estava com o coração dele em minhas mãos e ele morto. —inspiro fundo— eu matei uma pessoa.

— Foi legítima defesa. -Cassian me interrompe.

— Mas eu o matei. —engulo em seco— nunca irei esquecer, eu não sou assim.

Leah tocou minha mão.

— Eu estava parecendo um animal selvagem. —me encolho— sem controle, feroz, sedento por derramamento de sangue, eu...

— Você salvou a minha vida. —Leah me cortou— sabe sei lá a mãe como, mas me salvou e serei eternamente grata por isso, nunca poderei pagar.

— Eu não fiz por um troféu. —nego— não me deve nada.

— Mesmo assim. —ela me disse— obrigada.

Eu suspiro e olho para Cassian, foi o tempo que a mãe de Leah chegou.

— Leah! -ela correu até nós comprimentando em um aceno respeitoso de cabeça para os dois illyrianos.

Eu me afasto.

— Mavis. -ela disse.

— Oi, tia. -murmuro me aproximando de Cassian.

— Ei... Você está bem? -ele murmura.

Eu nego.

— Vamos embora. -sussurro.

Ele assentiu.

— Eu virei depois ver como está, Leah, mas agora eu preciso ir. -digo baixo.

— Está bem, volte para pormos a fofoca em dia. -ela sorriu de lado.

Dei um pequeno e fraco sorriso e sua mãe me olhou.

— Obrigada.

Eu aceno com a cabeça e saio da cabana.

Corte De Trevas E Sombras | •AcotarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora