Capítulo 32

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Mavis

— O que está acontecendo? -Rhysand surgiu na casa do vento.

— Do que fala? -Cassian pergunta.

— Senti algo estranho na corte, poderoso. —ele disse— onde está Mavis?

— Aqui.

Todos ergueram os olhares.

Meus cabelos cacheados presos em uma trança espinha de peixe, roupas negras de montaria, botas de couro.

— Mavis..

Rhysand segura o general.

— Não é apenas a Mavis. —ele me olha analisador— merda, ela está com a personalidade da encarnação dela.

Eu sorri.

— É tão ruim a Raena estar comigo? -pergunto.

— Depende, se ela está aqui para o bem ou outra coisa. -ele disse cauteloso.

— Ela cansou de ver vocês fazerem o que querem comigo, e para falar a verdade, eu também. -digo profundamente.

Azriel me olha dos pés a cabeça.

— Você até que é bonitinho. -olho para ele.

Ele piscou, surpreso, todos piscaram surpresos.

Balanço a cabeça, essa personalidade é descarada, e com fogo no cu.

— Vou sair. -declaro.

— Onde vai? -Cassian pergunta.

— Estival.

Eu passei por eles.

— Você ao menos sabe onde fica. -Rhysand disse.

— Eu sei.

— Ela não pode ir sozinha. -Rhysand deu um empurrão nos dois illyrianos.

— Não preciso de seguranças.

— Não perguntei. -o grão-senhor disse.

Eu o olhei de cima a baixo, segunda personalidade tomando o controle quando disse:

— Você tem muita coragem, precisa de muito disso e uma pitada de burrice para se dirigir a mim dessa maneira. —dou dois passos em sua direção— eu estava aqui antes de seus pais sonharem em nascerem, antes de seus avós cogitarem qual espermatozóide iria ganhar a corrida.

Minha expressão se fechou em calmaria fria.

— Você não está falando com qualquer um, então tome cuidado.

— Está ameaçando o grão-senhor? -ele pergunta sério.

Eu ri lentamente.

— E você tratou como capacho a senhora das marés, permitiu que a torturassem, sabe o quão grave foi isso? —o olho com desdém— Tem muita sorte de sua vida ser tão insignificante ao ponto de eu não ver produtividade em acabar com ela, só me gastaria tempo e poder que tenho de sobra, muito mais do que você e qualquer outro.

Eu caminho até às portas, o ignorando como se deve.

— Ah, e outra coisa.. —paro perante a escada de dez mil degraus— não use a palavra grão-senhor, você está mais para um pacifista que venceu uma guerra e acha que fica por isso mesmo, se fosse grão-senhor de verdade como os antigos que pisaram nesse mundo, como eu pisei, não haveria ao menos menção de uma nova guerra para acontecer.

— Então por que você não faz? -ele cuspiu.

Eu sorri.

— Acha que eu estou aqui por que? Para olhar para as estrelas e fazer pedidos? O mundo não é um sonho, acorde.

Corte De Trevas E Sombras | •AcotarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora