Capítulo XII

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Vladimir Gregorovitch

Que droga de missão.

Certamente os meus planos para hoje não eram vir pra uma mata fechada, mas pelo visto não tenho opção.

Vejo a Malika um pouco atrás de mim, segurando firme a sua arma, olhando para todos os lados.

Pela minha percepção inicial, a floresta não é tão grande assim, e o risco de perdermos a trilha é pequeno, ela é bem sinalizada. O que significa que ela é usada frequentemente, e seus usuários devem conhecê-la bem.

Precisamos ter cuidado.

Também temos nossos comunicadores, e só me lembro de dois números dos comunicadores privados, 03 da Anippe e 06 da Sophia, então posso pedir ajuda caso a coisa fique feia.

Andamos por mais alguns metros e chegamos a uma clareira, que obviamente foi feita de propósito. Paramos ali para observar nossa situação e descansar.

Que erro horrível.

Menos de dois minutos depois de nos sentarmos, aqueles que nós estávamos perseguindo voltam com reforços.

— O que vocês querem? – um deles diz.

— Foi mal pessoal, mas vocês não podem continuar roubando desse jeito, essa comida pertence a outras pessoas - respondo.

— Vocês não sabem de nada, cães da organização! – outro grita.

— Se nós somos cães, então vocês não vão querer ver nossos dentes – respondo.

O que deu em mim pra dizer isso?

De qualquer forma, eles atacam.

Aproximo-me da Malika para que eles não consigam nos separar durante a luta. O rifle é grande demais para se usar em uma luta de curto alcance, então pego a Colt e miro.

São por volta de 15 pessoas, três já estão bem perto de nós, e as outras estão correndo em nossa direção.

Miro a arma no estômago de um deles, atiro, e o vejo ser destroçado no meio pela bala e pelo meu poder.

É, até que o treinamento valeu a pena.

Os outros dois mais próximos ficam incrédulos ao ver o que aconteceu com o companheiro deles, mas não tem tempo de revidar antes da Malika pegar o braço de um e o congelar completamente.

Aproveito o embalo e dou uma coronhada na cabeça do outro.

Pronto, três a menos.

— Bom trabalho! – digo para a Malika.

— Erm... Obrigada - responde ela, meio sem graça.

Um grupo de quatro dos ladrões se separa do resto e corre na direção oposta à nossa, em direção a algumas árvores.

Com uma força nada normal (mas quem tem força normal hoje em dia?) erguem duas árvores enormes e as arremessam na nossa direção.

Ótimo, tem duas árvores voando na nossa direção de um lado, e um grupo de pessoas querendo nos matar do outro.

Estamos cercados.

Faço as árvores flutuarem, assim ganhamos algum tempo, mas elas continuam voando direto para nós, e sinto que não vou aguentar por muito mais tempo.

— Você consegue congelar as coisas à distância? – pergunto para a Malika.

— Posso tentar – responde ela.

— Ótimo, congele os dois troncos – falo.

— São muito grandes, e pra que? – ela responde.

InfectedWhere stories live. Discover now