Capítulo 3 - Não se pode fugir para sempre

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A viagem demorou cerca de duas horas, mas finalmente conseguiram chegar em Montauk.

Perto da praia, havia um pequeno resort onde os três ficariam hospedados, e o quarto onde ficaram eram do terceiro andar, que tinha vista para a orla da praia. o quarto em si era bastante amplo e bem confortável e aconchegante, e também com direito a serviço de quarto.

Depois de algum tempo, todos acabaram decidindo ir até a praia, que ainda não estava tão cheia de banhistas. A praia era um local bastante bonito, com a água cristalina, alguns quiosques, e bem ao fundo se podia visualizar navios vindo para a encosta.

Os três caminharam pela orla aproveitando a paisagem e tirando inúmeras fotos para recordação e visitando os quiosques abertos.

Aos poucos começou a vim mais banhistas, então Pietra propôs que fossem para uma área um pouco mais calma, e depois de andar muito conseguiram achar uma e acabaram se instalando por lá.

Jenne começou a sentir um leve desconforto por estar ali. Ela não sabia o porquê, mas sentia que não era para estarem naquele local, e tentou gentilmente fazer com que Pietra reconsiderasse e os três voltassem para perto dos outros turistas, mas não conseguiu, e o jeito foi fingir que estava aproveitando.

Pietra e Theo foram aproveitar a água, e Jenne continuou na areia, lendo seus livros enquanto ouvia a rádio.

- Ei Jenne, vem aproveitar um pouco a água. Ela está ótima – diz Pietra correndo na direção da platinada enquanto exibia seu biquíni xadrez, porém Jenne nega com um gesto.

- Estou muito bem, não quero me molhar agora – diz a garota voltando aos estudos. Jenne estava um pouco mais 'discreta', usando um maiô cor-de-rosa, usava o boné do Theo, e óculos de sol. Mas Pietra não se vê por vencida, e pega o livro da amiga – Ei! Você vai acabar molhando desse jeito.

- Sério, Jê... Quem em sã consciência, vem á uma praia em pleno feriado, estudar?! – diz Pietra.

- Pessoas que querem tirar uma boa nota nas provas bimestrais – resmunga Jenne recuperando seu livro e limpando os respingos de água sobre ele – Humph... Algumas das paginas ficaram molhadas...

- Nerd... – diz a loira desistindo de convencer a amiga a aproveitar o passeio e volta a nadar, e a platinada volta se sentar, mas dessa vez deixa o livro de lado, e vai tomar um banho de sol.

★☆★

Depois de aproveitar bastante a água do mar, os irmãos voltam para a areia e ficam ao lado da platinada, descansando na toalha de praia enquanto ouviam musica.

-... Estou morrendo de fome... Theo, será que pode ir a um dos Quiosques e comprar algo? – pergunta Pietra e o garoto encara Jenne, que observava o mar, enquanto divagava em seus pensamentos.

- Jenne. Vá a um dos quiosques e compre algo para nós – diz Theo tirando a platinada de seus devaneios, e ela o encara – Estou cansado, e você é a única de nós que está sentada aqui desde viemos.

- E desde quando virei sua escrava? - responde Jenne o encarando.

- Que isso Jê... Eu estou muito cansado, e além do mais, não vai te matar se andar alguns metros e comprar salgadinhos, não é? - diz o rapaz enquanto colocava seus óculos de sol, e relaxava um pouco mais em sua toalha de praia.

Ela pega a carteira do rapaz e se levanta do chão, e vai até o quiosque mais próximo dela, que ficava a alguns metros deles. Enquanto caminhava, ela sentiu que alguém a vigiava, e passou a andar um pouco mais rápido, e quando chegou ao estabelecimento, comprou alguns salgados e refrigerante para o amigos e fez o mesmo caminho de volta, porém quando caminhava, ela olha de relance para trás e acaba vendo o mesmo cara estranho do semáforo, falava com alguém ao telefone, mas sem tirar os olhos dela.

-... Esse cara é esquisito... – murmurou a platinada voltando a andar.

- Meu jeito a incomoda? – disse uma voz masculina atrás de Jenne a fazendo dar um pulo, e quando que vira, ela dá de cara com o cara misterioso, que sorria de um jeito meio esquisito – Finalmente a encontrei Acácia...

- Acho que deve está me confundindo com outra pessoa... Não me chamo Acácia – diz a platinada tentando andar para trás bem devagar. Algo dentro dela dizia para se afastar bem rápido daquele cara – É... É melhor eu ir...

- Não tente me enganar Acácia, eu sei que é você – diz o misterioso pegando o rosto da garota de um jeito grosso e puxando para mais perto – Impossível me esquecer de olhos tão lindos como os seus.

- M-me larga! N-não sei do que estar falando... E-eu não te conheço e NÃO me chamo Acácia – diz a platinada tentando se soltar, mas parecia em vão, pois o cara misterioso era bem forte, e quando ele tira seus óculos, Jenne encara seu rosto com medo, pois os olhos do rapaz eram completamente negros, e seu sorriso eram um pouco intimidante.

- Olhe Acácia, eu estou até sendo gentil com você, por causa dos velhos tempos, mas se continuar resistindo, terei que mostrar meu pior lado. E você não quer isso, não é? – pergunta o misterioso rapaz, mas ela continua resistindo até consegui se soltar, e sai correndo em direção aos meus amigos, enquanto o misterioso continuou parado e observando correr, como se achasse graça – Você não pode fugir para sempre Acácia...

Jenne corria o mais rápido que conseguia, mas por causa da areia seus passos pareciam ser lentos, porém ela conseguiu chegar até os irmãos, que continuavam descansando tranquilamente em suas toalhas, e quando percebem a presença dela e encaram.

- Finalmente Jê! Estava quase desaparecendo de tanta fome que estou – resmunga Pietra, mas quando repara melhor no rosto assustado da amiga, ela se levanta rapidamente – O que foi? Por que está assim?

- Cara... Ele... Atrás de mim... – dizia Jenne tentando formular palavras coerentes – Embora já!

- Jenne, se acalme... E explique o que aconteceu – diz Theo calmamente enquanto se levanta, e ela começa a apontar na direção de onde veio - Sabe que eu não entendo mimica.

- Vamos embora – insiste ela, e os irmão acabam cedendo.

Eles arrumaram suas coisas, e enquanto caminhavam de volta, o misterioso rapaz continuava parado no mesmo lugar, sorrindo presunçosamente, enquanto gesticulava para ela se aproximar.

- Esse é o carinha esquisito? – perguntou Pietra, e a platinada confirma com um gesto - Nossa... Ele realmente dá medo.

- Vamos meninas... Não deem atenção a esse maluco – disse Theo ficando no meio das duas garotas, e eles passaram a andar mais rápido, e quando estavam quase chegando a parte da orla, eles ouvem um uivo alto e estridente, os fazendo parar.

- O que é isso?! – disse a loira enquanto pressionava suas mãos contra as têmporas.

- Isso é um latido? – disse Theo fazendo o mesmo que a irmã, e Jenne ficou em choque ao ouvi esse som, pois ela sentia que já havia ouvido o mesmo latido antes, e quando ela olha de soslaio, acaba ficando pálida ao ver a criatura atrás dela.

- Cérbero...

Phoenix: A Deusa EsquecidaWhere stories live. Discover now