Phoenix: A Deusa Esquecida

Capítulo 15 - Perigo a Espreita?

Após coloca-la para dentro, Jenne se aproxima da garota inconsciente e olha para Theo preocupada.

- Theo pegue o kit de primeiros socorros! – diz a platinada enquanto verificava a respiração de Calli. Theo vai a procura da maleta de primeiros socorros. De repente Jenne se lembra de algo que Calli havia ensinado então ela coloca sua mão no rosto da punk.

Aos poucos as cicatrizes de seu rosto desapareciam, assim como os arranhões. Jenne podia ouvi o som um pouco desconfortável de algo se juntando, e segundos depois afasta a sua mão ao ver que Calli não estava mãos com nenhum ferimento visível. Quando Theo retorna com o kit, ele vê que a punk não precisava mais.

- Mas... Como fez isso? - pergunta Theo colocando o kit sobre a mesinha de centro.

- Se lembra do dia que você havia quebrado o braço e a Cali disse para toca-lo e ai você se curou? – diz a platinada ao loiro que confirma com um gesto – Então... Eu fiz o mesmo com ela e deu certo.

De repente Callíope abre os olhos e começa a gritar. Jenne e a primeira a acudir a punk.

- Fique longe de mim seu monstro! Longe! – repetia Calli assustada e quando percebe quem estava ao seu lado a abraça – Deusa! Obrigado por me tirar de lá! Serei sua serva para sempre... Depois de Hécate.

- Te tirar? – repete Jenne confusa e ela olha para Theo que dar de ombros – Calli... Não a tiramos de lugar algum... Você veio parar aqui sozinha.

- Você me tirou de lá, deusa. Eu me lembro, foi você... – fala a punk se alterando um pouco, mas logo se acalma e sua voz e torna meio distante – Eu sei...

- Calli, acho melhor você descansar por hora. Amanham falamos melhor disso – diz Theo a Callíope que apenas concorda com a cabeça e Jenne a leva para seu quarto, a empresta um dos seus pijamas e a deixa ficar com sua cama enquanto ia para o quarto do loiro.

Na manha seguinte, Calli já estava um pouco melhor. Pietra se assustou ao ver que Callíope voltara do nada. Durante o café, Theo e Jenne resolveram fazer algumas perguntas a ela, mas a maiorias das respostas eram inconclusivas e confusas. Para não deixar a ninfa ainda mais nervosa, deixaram o interrogatório de lado e Jenne ofereceu mais uma muda de roupas para que ela fossem se trocar no banheiro.

- Vou dizer o que vocês também estão pensando, mas não dizem... Isso está muito mal contado! – diz Pietra num tom baixo para que Callíope não ouvisse.

- Pode ser estranho, mas não devemos desconfiar dela assim! – diz a platinada no mesmo tom.

- Jenne, eu devo desconfiar sim! Até porque, se você não se lembra, quando saímos do acampamento, Calli não estava com a gente. Como de repente, ela aparece em nossa casa? - questiona Pietra.

- Pietra tem razão... Como é possível que ela soubesse que a gente tinha voltado para casa? - diz Theo desconfiado.

- Talvez... O pessoal do acampamento tenha dito a ela... Sei lá – responde Jenne dando de ombros e vai até Calli ver se ela estava bem. Theo pega seu celular e manda um e-mail para Percy e Annabeth, perguntando sobre Calli. Minutos depois ele recebe uma resposta de Annie, dizendo que a punk não tinha ido ao acampamento.

- Eu sabia... – murmura o rapaz guardando o celular no bolso da calça e olha para Pietra. Ambos parecem ter tido o mesmo pensamento sobre Calli.

Jenne bate na porta do banheiro algumas vezes até que finalmente Calli sai. Ela usava uma blusa de manga comprida azul, que nela ficou um pouco grande, legging cinza e estava descalça.

- Calli você se sente bem? – pergunta a platinada a punk que confirma com um gesto com a cabeça. Jenne olha para os olhos cor de rosa da garota e vê que eles estavam meio opacos, que não tinham o mesmo brilho travesso de que quando a conheceu – Sei que você está passando por um momento difícil, sobreviver no tártaro não deve ter sido fácil. Se precisar de algo, conte comigo.

- Estou mal, isso é fato, mas vou superar... – responde Calli num tom distante e caminha até o sofá e fica imóvel por alguns minutos até falar novamente – Por que voltaram para cá? É perigoso para você deusa. Se você morrer...

- Não se preocupe Calli, a Jenne está segura – diz o loiro interrompendo a punk que o olha de cara feia – Voltamos já faz um tempo e até agora não fomos atacados. Fique relaxada.

- Tiveram sorte, mas não é porque não foram atacados até agora que é para ficarmos 'relaxados' – retruca a garota e em seguida volta a sua atenção a Jenne – Deusa, agora que voltei, continuarei fazendo meu trabalho que fazer sua segurança.

- Calli, não se preocupe comigo, estou muito bem! Você deve descansar, e quem sabe levamos você para o acampamento e você fala com o...

- NÃO! – diz a punk com um tom meio elevado, mas logo se acalma – Quero dizer... N-não precisa disso deusa.

Jenne acaba não insistindo mais no assunto do acampamento, deixando Calli mais calma, e vai fazer seus afazeres na casa. Theo e Pietra encaram Calli mais uma vez com desconfiança e vão fazer seus afazeres também.

★☆★

No dia seguinte, para tentar animar e distrair um pouco Calli, Jenne propôs um passeio no parque perto de seu apartamento. No começo Calli protestou, dizendo que ela perigoso, mas acabou cedendo após perceber que era a minoria.

Theo ainda estava desconfiado de Calli e o jeito como estava se portando, um pouco mais agressiva e paranoica. Como se fosse por instinto ele não saiu do lado de Jenne, por segurança. Calli percebe isso e não gosta nem um pouco.

- Deusa, temos mesmo que ficar muito expostos? Eu estou sem meu arco e meus itens mágicos, seriamos alvos fáceis para os monstros! – diz a punk um pouco incomodada com a luz do sol. Eles se sentam perto de um ipê amarelo.

- Não se preocupe Callíope. Olhe a sua volta, o parque não está cheio – responde a platinada. Calli pega os óculos de sol das mãos de Jenne e os coloca.

- Não se engane deusa. O perigo está sempre á espreita - diz a garota num tom meio sombrio.

- Não viaja Calli, o dia está ótimo! - rebate Theo e Calli o encara feio.

- Que isso Calli, parece que virou uma vampira de repente – comenta Pietra ao ver como a punk estava incomodada com a luz do sol. A punk dá de ombros e, depois de ver que seus esforços pedidos para retornarem para casa foram negados, ela fica calada.

★☆★

-... E é isso Quíron. O Theo me disse que estava com muito receio da Callíope – diz Annabeth a Quíron que ouvia atentamente a história da loira – Olhe, eu também estou achando estranho essa história.

- Sabia que estava tudo correndo BEM demais para Jenne... – diz Quíron não escondendo a preocupação.

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Não muito longe, nas sombras, o rapaz de vestes pretas observava atentamente o quarteto no piquenique e, ele conversava com alguém pelo seu telefone.

- Sim chefe... Aquela lâmpade, serva de Hécate voltou do tártaro e, seu comportamento mudou... Estou sentindo isso. – diz o rapaz com um tom meio preocupado encarando a ninfa que continuava em silêncio – Como assim não é para fazer nada?! Chefe, ela voltou do tártaro e sua aura... Sinto que ela sumiu.

Ele recebe algum tipo de ordem que não o agradou, mas ele acaba assentindo.

- Ok chefe... Continuarei na espreita – ele desliga o celular e volta sua atenção ao trio. Atento para qualquer coisa que acontecesse.