Capítulo 14 - De volta a Normalidade

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Já estava começando a escurecer quando o trio saia da casa grande. Havia uma grande agitação perto das cabanas, e eles viam os campistas indo em direção à arena.

- O que está acontecendo? – diz Jenne ao observar a animação.

- Hoje tem algum tipo de comemoração ou algo do tipo por aqui – responde Pietra.

-... Hoje é o dia da caça a bandeira. Isso acontece uma vez na semana – eles se assustam ao ouvi uma voz atrás deles e quando vão ver, era Nico – Por acaso assustei vocês?

- Moleque não assuste mais as pessoas desse jeito! – diz Pietra ao garoto que dar de ombros – E caça a bandeira? Isso não é meio infantil?

- Se você visse como nós jogamos não chamaria de infantil. – responde o Nico e ele acaba percebendo as malas que o trio segurava – O senhor D vai coloca-los em alguma cabana?

Eles se entreolham sem saber o que responder, mas antes do Theo tentar dar uma desculpa qualquer, um garoto loiro com pinta de surfista chama Nico e o garoto vai até ele. Nesse momento os três se afastam e vão em direção à saída do acampamento. Jenne dá mais uma olhava para o acampamento, se perguntando se essa era a decisão correta e segue em frente.

"Que bela amiga você é, Jenne... Eu no seu lugar teria insistido mais" diz a voz num tom de decepção e Jenne quase volta para trás, mas Theo insiste para que eles continuassem andando.

★☆★

Quando já estava no começo do jogo de a caça as bandeiras, Juníper decide ir até Jenne, mas não a encontra nas arquibancadas, nem perto do pavilhão e cabanas, então decide verificar na casa grande e vai até seu quarto.

- Jenne? Pessoal? Vocês estão ai? O jogo de capture a bandeira começou, pensei que quisessem assistir – ela dá batidas leves na porta até ela se abrir sozinha e Juníper entra no quarto, mas não encontra ninguém – Será que eles estão participando do jogo e eu nem percebi?

★☆★

Demorou muito para que o trio conseguissem chegar perto de algum local onde pudessem usar um telefone publico e ligarem para uma companhia de táxi, já que eles acabaram perdendo seu carro. Theo ficou frustrado com isso, mas deixou de lado por um tempo esse assunto.

Quando chegaram em seu apartamento, Pietra foi direto até seu quarto, e se joga em seu cama, animada.

- Aah caminha... Como senti falta da sua maciez – diz a loira manhosa, enquanto agarrava seu travesseiro. Em seguida volta para a sala, onde Theo estava ao telefone, ligando para o seguro d carro, e a platinada estava sentada no sofá, e parecia triste com a decisão. Pietra vai até Jenne e se senta do seu lado.

- Jê, você sabe que essa foi nossa única opção. Também vou sentir um pouquinho a falta do acampamento, mas logo passa – diz Pietra numa tentativa falha de consolar Jenne.

- Me sinto mal por abandonar Calli no tártaro... Sou uma péssima pessoa! – diz Jenne abraçando a loira que retribui o abraço – Se acontecer algo a ela...

- Amiga, pare de ficar pensando nisso. Afinal você não é culpada de nada! E não é uma péssima pessoa, apenas vez a decisão mais sabia no momento – fala Pietra acalmando Jenne.

Theo vê como Jenne estava e após terminar a ligação vai até ela, e junto com sua irmã tentam acalma-la.

Alguns dias se passaram desde que foram embora do acampamento meio-sangue e eles tentavam seguir com suas vidas normalmente, mas era um pouco difícil, pois desde que descobriram que existe um 'outro mundo' dentro do mundo deles, eles viviam um pouco desconfiados das pessoas e sempre carregavam com eles as adagas que Theo conseguiu no arsenal do acampamento por segurança.

O loiro inventou uma justificativa que por muita sorte foi aceita pelo reitor da faculdade e pelo diretor do colégio de Pietra. Como forma de recompensar as faltas, Jenne e Theo tiverem que fazer vários trabalhos e teses, o que meio exaustivo, mas mesmo assim o fizeram. Eles também recebiam várias ligações dos seus amigos do acampamento, que ficaram preocupados com o sumiço repentino deles, Theo apena deu outra desculpa, que eles não aceitaram muito no começo, mas insistiram para que eles voltassem. Jenne disse a eles que manteriam contato, e que soubessem de um modo que pudessem salvar Calli que era para ligar para ela.

A cada dia que se passou Jenne ouvia cada vez menos a voz em sua cabeça até que certo dia ela simplesmente ficou muda, o que deixou a platinada contente, pois não precisava mais ficar se explicando sobre o porquê de ficar falando sozinha.

Nessa volta a normalidade, Jenne e Theo tentaram se resolver e ela acabou dando uma chance para ele, mesmo que não tivesse tão certa sobre o namoro.

Já estava de noite, e o casal resolveu fazer maratona de filmes, já que era final de semana e não teriam que ir para a faculdade. Pietra não conseguiu ficar acordada por tanto tempo e foi direto para sua cama. O filme escolhido da vez foi "Como se fosse da primeira vez".

-... Não importa quantas vezes eu assista esse filme, eu sempre me emociono – diz Jenne abraçada ao Theo.

- Eu faria isso se tivesse no lugar do personagem. Uma coisa que gosto nesse filme é a determinação do carinha por ficar reconquistando sua namorado todo dia. – diz Theo fazendo a platinada o encara-lo – Mas ás vezes, certos esforços valem a pena só para termos a pessoa amada em nossos braços, nem que seja por um dia.

Eles para de dar atenção a televisão e começam a se beijarem apaixonadamente. A platinada começa a ouvir leves batidas na porta, mas não foi atender, achando que quem quer que fosse iria se cansar e iria embora, então continuou aos beijos com o loiro.

As batidas começaram a ficar um pouco mais forte e insistentes, fazendo os dois se separarem.

- Mas que droga! Será que essa pessoa não sabe vê horas? – diz o loiro irritado e vai atender até a porta.

- Theo... – a platinada pega a sua adaga que estava ao lado do abajur e entrega a Theo – Nunca se sabe, não é?

Theo olha através do olho mágico, e Jenne percebe que ele fica surpreso ao ver quem era. Quando o loiro abre a porta, uma garota com as roupas e rosto sujos e com alguns cortes olha para eles por alguns segundos antes de desmaiar. Rapidamente o loiro a segura antes de ela ir ao chão. Jenne consegue reconhecer a garota apenas pela cor rosa de seu cabelo.

- Calli! 

Phoenix: A Deusa EsquecidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora