Capítulo 16 - A Verdadeira Face

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O dia estava realmente agradável, aos poucos o parquinho ia tendo mais pessoas, especialmente crianças, indo se divertir. Aproveitando o clima, Theo pega pela mão de Jenne e os dois arriscam uma caminhada para aproveitarem um pouco como casal e para ficarem um pouco fora de vista de Calli. Quando estavam um pouco longe de Pietra, que tomava banho de sol, e Calli, que parecia está dormindo sentada, Theo para de andar e olha para a platina.

- Jenne vou ser bastante sincero com você sobre o que penso da Calli... Ela é esquisita, e seu comportamento está MUITO estranho – diz o loiro seriamente.

- Olhe, não acho legal ficar chamando os outros de esquisito – diz a platinada num tom calmo, mas ao mesmo tempo repreensivo – E é normal uma pessoa com experiência pós-traumática sofrer alterações no seu comportamento. Theo você estuda psicologia, devia saber disso.

- Eu sei muito bem Jenne. Foi a primeira coisa que passou na minha cabeça quando a vi... Mas o jeito como ela fala, o modo como age... Não, está sofrendo de experiência pós-traumática, está mais para esquizofrenia – diz o loiro pegando nas mãos de Jenne – Olhe, eu li sobre pessoas esquizofrênicas e sobre o quão agressivas elas podem se tornar de uma hora para outra. Quero proteger você de qualquer "crise" que ela venha apresentar.

- Eu acho muito fofo você querer me proteger, Theo – diz a platinada dando um selinho no rapaz – Mas confio na Callíope, sei que ela não me fará nenhum mal.

- Quero poder acreditar nisso, Jê – diz o rapaz a puxando para o abraço.

★☆★

Enquanto via seu irmão e sua amiga se afastarem discretamente, Pietra continuou deitada na grama, relaxando. Ela olha para o lado e vê Calli continuava em pleno silêncio e acho um pouco estranho, já que quando se conhecerem, a lâmpade não parava de falar, seja sobre qualquer coisa. Nem sequer uma piada fez. Pietra tenta uma aproximação e quando ia falar algo, se detém no mesmo instante ao perceber algo de diferente. Calli por alguns segundos assume uma forma sombria de uma mulher mais alta e de cabelos negros e volta ao normal. Ela se levanta imediatamente e a lâmpade olha para ela, saindo de seu transe.

- Eer... Calli? Eu vou ali falar com o Theo para me dar dinheiro para um sorvete. Fica aqui, é rapidinho – ela tenta se afastar, mas algo a impede.

- Você não vai a lugar algum – diz Calli ainda sentada na sombra da copa da arvore e com um gesto com a mão, faz a loira se sentar no chão – Acha mesmo que vai alerta-los?

Com outro gesto ela faz com que Pietra fique muda e lança um sorriso malicioso. Pietra olha para ela e vê sua imagem tremular um pouco sobre a luz, a fazendo ficar como um holograma.

- Sabe fantasminha, vê se fica quietinha e me deixe cumprir meu trabalho – diz Calli, porém seu tom de voz fica um pouco mais suave, como um sussurro. De repente o celular da loira começa a tocar, Calli pega o objeto e lê o nome que estava escrito – "Annabeth – a loirinha do acampamento". Hum... Vou atender por você, tá legal?

Calli volta com sua voz normal e atende o celular que estava no quarto toque.

- Desculpe, mas a dona do celular não pode atender – diz Calli dando uma risada breve e desliga em seguida. Com outro gesto, faz a loira se deitar na grama como antes e volta a meditar - Agora deixe-me contactar meu contratante.

★☆★

- Alô?! Pietra?! – diz Annabeth tentando novamente ligar para o celular de Pietra, mas vai parar na caixa postal. Ela se vira para seus amigos preocupada – Ela não está atendendo.

Phoenix: A Deusa EsquecidaWhere stories live. Discover now