Capítulo 13 - Para seu próprio bem

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Theo levanta ao ouvir o som de uma corneta tocar e se levanta ainda com muito sono e acaba tropeçando em um móvel antes de ir ao banheiro lavar o rosto e quando sai já vê sua irmã desperta.

- Bom dia Pietra... – diz o loiro se espreguiçando.

- Dia... – responde a garota um pouco desanimada e em seguida encara o irmão- Theo... Quando vamos embora? Olhe, foi legal ficarmos aqui e tudo mais, mas quero minha vida normal de volta.

- Você quer ir embora agora? Justo quando uma amiga nossa desaparece?

- Ela não era minha amiga. Pra falar a verdade, eu a achava muito... Estranha. E não minta para mim, pois sei que nem você a considera como uma amiga – responde a loira se levantando na sua cama e indo até o irmão – Eu sinto falta do papai e da mamãe. Cara, eles vão nos matar quando souber que estamos há quase uma semana sem ir pro colégio e para a faculdade.

- Eles ficarão com muita raiva, isso é fato. Mas temos outras coisas para pensar, ao invés de ficar pensando nos sermões – diz Theo.

- Pensar nos tais monstros que estão do outro lado querendo nos matar?

- Isso mesmo, mana – responde o loiro e o dois vão junto até o pavilhão.

★☆★

Jenne estava nos limites mágicos do acampamento, cogitando a ideia de se aventurar sozinha, mas no fundo sabia que não iria consegui achar o local certo para entrar no Tártaro.

"Jenne, você viu o estado como sua amiga estava. Se você me libertasse, eu a salvaria por você" dizia a voz insistentemente, mas a platinada negava.

- Eu quero salva-la eu mesma – responde Jenne.

"Você é fraca. Não sabe nem controlar nossos poderes!" opõe-se a voz.

- E por acaso você sabe controlar? – rebate e a voz fica em silêncio – Viu só? Você não pode dizer nada, já que também não sabe.

"Só para você saber, eu sei usar nossos poderes... só não sei controlar" resmunga a voz e a platinada revira os olhos e continua cogitando a ideia. Enquanto divagava, algo se aproxima dela, e Jenne só percebe quando tocam em seu ombro. Quando se vira, ela dá de cara com Juníper.

- Jenne o pessoal estava te procurando para tomar café... Por que está aqui nos limites? – pergunta Juníper e a platinada conta resumidamente sobre seu sonho com Calli e sobre Quíron dizer que não poderia fazer nada.

-... E eu não consigo ficar aqui parada, apenas esperando. Preciso ir atrás dela. Sinto que devo isso a Calli – diz Jenne dando um longo e desanimado suspiro.

- Quíron tem razão. Ir ao tártaro é uma missão suicida. O máximo que podemos fazer é espera-la e torce para que ela volte com sanidade... O tártaro pode enlouquecer as pessoas – diz a ruiva calmamente e Jenne a fita – Nesses momentos, não podemos fazer as coisas sem pensar.

- Pode ter razão... Tenho que pensar antes de agir...

"Até você pensar em algo, Calli já terá morrido" diz a voz e Jenne coloca as duas mãos em suas têmporas.

- Vê se cala essa boca – murmura a platinada para a voz e olha para Juníper que a olhava sem entender – E... Dor de cabeça.

- Sei... – a ruiva a olha meio desconfiada e lhe estende a mão – Bem, conseguimos nos apressar, você ainda consegue pegar algo do café.

As duas vão juntas até o pavilhão, mas quando Jenne vê senhor D em sua mesa, ela recua, pois ela não estava a fim de discuti logo de manhã e deu meia volta, voltando para a casa grande.

Phoenix: A Deusa EsquecidaWhere stories live. Discover now