Pandora Moon prepara-se para uma batalha sangrenta envolvendo todos os residentes do Insanity Asylum. Com um objetivo traçado ela une forças com aliados inesperados enquanto inimigos se preparam para revidar. Agora cabe a Pan desvendar os segredos o...
Não é a intensidade dos sentimentos que nos faz superiores, mas a sua duração.
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Brok estava elegante.
Não dependia mais de uma bengala enferrujada, mas sim de uma nova, revestida de preto fosco com um apoiador dourado na parte de cima onde colocava suas mãos. Além do charmoso terno, seu cabelo havia crescido um pouco. Dava a impressão de que havia se transformado em um funcionário dali. O garoto conversava com a menina do lado, quando parou e se voltou a todos do pátio.
— Boa tarde. — Dizia. Seus olhos brancos fitavam o nada — Esta é Mavis, a nova residente do orfanato. Não é preciso uma apresentação formal, mas Srta.Pompoo quer deixar as futuras crianças mais confortáveis e sociáveis, então por favor, não a deixem de lado.
— Brok... o que está acontecendo? — Disse no momento em que terminou de falar. A maioria das crianças também estavam ali, olhando curiosas, aos cochichos.
— Pan! Que bom poder ouvir sua voz. Sou o assistente da diretora, agora. Ela reconheceu minha dedicação e me deu um voto de confiança.
— Um voto de confiança? — Perguntei cismada. Brok estava radiante, mas com certeza tinha algo errado. Eu poderia ficar ali, falando todas as coisas que eu sabia sobre sua mãe. Poderia tirar esta ideia da sua cabeça, ou faze-lo questionar muitas coisas, mas tudo o que disse no momento foi: "Fico feliz por você, amigo"
— Obrigado, Pan! Agora se me der licença, preciso voltar ao trabalho — E retornou para o corredor principal, onde as portas de mármore se fechavam lentamente atrás dele.
A nova Irrecuperável possuía olhos puxados e cabelos curtos, pálida, com uma blusa vermelha que cobria suas mãos e uma calça colada, preta. Era japonesa. Ela não procurou alguém para pedir informações ou algo do tipo. Apenas sentou em um canto e do bolso de sua blusa sacou um aparelho retangular, onde reconheci ser um vídeo game portátil.
— Devemos falar com ela? — Perguntou Patrick.
— Não sei. No meu primeiro dia ninguém foi muito útil a não ser o Brok. Se não for para agregar alguma coisa, melhor deixar a garota em paz — Respondi.
O sinal voltara a tocar e juntos, voltamos para a sala de aula no terceiro andar. Mavis sentou na última das carteiras e em nenhum momento prestara atenção nas coisas que o professor Oliver falava. Notava-se de longe seu desinteresse por tudo. E foi assim nos últimos dois dias.
Todos os seus hábitos imparciais me despertaram um grande interesse, quando por fim, decidi puxar assunto em um momento vago no pátio principal. Me aproximei dela enquanto jogava seu jogo e analisei seu desempenho.
— Quem me dera se eu tivesse um negócio desse para me distrair desse lugar — Disse ainda observando o macaco em preto e branco, pulando as plataformas e pegando as bananas que levitavam no ar.
