Ella e suas cores

163 26 2
                                    


 
   Ella tinha uma paleta de cores um tanto quanto limitada, toda vez que lia sobre, se sentia atormentada. Ela queria ver mais.

   Por seus significados serem tão bonitos, mas sua visualização tão incomum, em pensar que a beleza, talvez, vá da cabeça de cada um...

   Como de costume, ela permitia se perder em pensamentos, para que, finalmente, pudesse se encontrar. Mas não superficialmente. Ella queria saber a sensação de profundamente poder se achar, depois de tanto tempo estar perdida nessa longa estrada, conhecida como: se reinventar.

  Nesse "reinvento" contínuo, seu gosto também mudou, suas músicas eram outras, e agora, novidades em seus fones, ela tocou. E também permitiu ser tocada, por cada letra, frase, melodia, idioma, palavra que lhe era cantada. Nem sempre entendia com clareza os significados, mas sempre os sentia. Como a clareza do vento em seu rosto, não visto, mas sendo necessariamente reconfortante de ser sentido.

   Ella se apegava à frase que tanto lhe era dita: — As melhores coisas não precisam ser entendidas, mas sim, feitas e sentidas.

  E ela tinha medo de fazer.

  Mas sabia que haveria o momento para se libertar, se permitir. Ela impôs limites nos quais iria ter que arcar, os derrubar sozinha, para assim, poder seguir, poder sonhar.

  E ela o faria, sabia que era o ideal, teria que fazer isso por ela, para ela e, ser pela primeira vez, a Ella para apenas ela. Nada para ninguém, ou por alguém, e sim, uma conquista dela, pessoal.

Inesperado Where stories live. Discover now