Ella e suas suspeitas

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   Ella passara anos fazendo algo que acreditava ser certo, algo do destino, que a colocou no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas.

   Mas de alguns tempos para cá, algo desandou, as coisas pareceram não muito claras, onde tudo era luz, agora refletia apenas o oco, a escuridão, a dúvida e no fim a suspeita correta de que tudo não iria mais para frente, que acabaram sem pensar além...

De alguma forma aquilo parecia em vão.

   Que tudo que passou, e lutou, não merecia ir mais do que já foi, um capricho em comum, mais que ganhou um finalmente não. Embora os não anteriores tenham ocorrido, esse pareceu o pior, parecia o fim de uma era, uma história em conjunta sendo dividida por algo maior.

   Não sobre nós mesmos, não sobre os outros, o pior é sermos feitos de fantoches e não poder dizer o que precisamos e queremos. Ser verdadeiro por nós e para nós, para que a verdade seja dita, da mesma forma que nossos amores sejam jogados... Não de um labirinto, não de um prédio, mas jogados ao lado não muito escasso, o lado importante, chamado abraço. Não apenas dito, ou sentido, mas também demonstrado, poder falar com os olhos e a boca mas também com gestos, sem pensar no que será interpretado, julgado, imaginado.
  
    Somos apenas humanos, querendo ser feliz e sermos amados.

    Os sonhos em conjunto podem se propagar mas também se quebrar, mas as palavras que foram ditas nunca irão cessar.

    Nenhuma memória irá ao léu, foram tudo construções de uma vida, e até mais. Além de um pouco, isso vira um tudo, no qual não sabemos o que vem demais... No caso do futuro, no passado ou quem sabe até do agora, tudo são mudanças, e temos que viver o nosso favorito agora.

  Mesmo que para Ella seja inesperado.

Inesperado Where stories live. Discover now