Inesperado

Ella e suas observações

  
   Estava a observar tudo, a vida, o mundo, o tempo que sempre há de contemplar. Ella pensou sobre a paixão e suas cores, junto com a drasticidade de se abrir mão de algo e alguém, para ver as cores de antes, agora estando um borrão em seu olhar. Mas o tempo seria a chave, e o borrão não seria um problema no futuro, se fôssemos tentar o observar.
 
   A absorção de nossos olhos podem não parecer nulos, mas nossos corações merecem um brinde em certeza a todo este consumo... De poder amar. Não só um ou uma, e sim, alguns, talvez muitos. De poder amar o próximo e sentir que é a forma certa.

   De saber que podemos amar algo mas saber que temos que abrir mão. Para poder tentar melhorar o que parece em combustão. Fazer o certo, e apenas prosseguir, tentar construir sua estrutura para depois ver que precisa de algo para além disso, ir.

Poder abrir mão sabendo que logo irá fechar, por saber que é o certo, quando sente tudo mensurar. Apenas fazer.

   Ella abria mão do que mais amava tantas vezes, apenas para tentar melhorar a si mesma, e ela sabia que voltaria, por ser real e melhor todas as novas vezes que ela é recebida.

   Com lápis e papel, e alguns sentimentos ela constrói, o que juravam que o tempo massacrou, ela vai lá e o refaz.

   Mostra que o tempo não é a ruptura se tiveres uma promessa e um coração a se seguir. Que todas as coisas que ela empunha, ela as fariam seguir em sua linha tênue entre passado e presente para construir um melhor futuro, com mais confiança, mais amor, mais paz em seu interior que transparece no externo, e para um bem maior isso tudo foi extraído de observações.

E as observações das quais mudaram uma vida, e cada vez mais constrói novas ações está em um ciclo... A história não se repete, mas sim, se complementa, de ensinamentos que a vida sempre quer que a gente pare e aprenda.