Ella e suas falhas

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   Ella também falhava, como a tinta de uma caneta esferográfica. Como toda e qualquer pessoa que por ela passava. Como tudo nessa vida... Haviam falhas.

   Falhas que faziam parte dos inícios mas também dos meios, que as vezes os fins não existiam por não suportar mais erros, pois podem ser fatais.

   Podem ser maiores que nós mesmos, mas também podem apenas ser... Algo suficiente de se vencer; sobrepôr e até além de ser.

   Pode ser algo pequeno, e também não pode, mas pode ser necessário se com ele tu aprende a superar, fazendo erros e falhas como obstáculos que estás a ultrapassar.

   E falhando miseravelmente em sua categórica tentativa de dizer o que não sucede, ela novamente tenta.

   Sendo verdadeiramente sincera em seu interior, ela bate seus dilemas conflitantes entre peito e pensamento, no qual seu peito batia por amor e seu pensamento procurando o racional momento.

   Ela não queria lamentos, não queria festejos, queria apenas sentir o real, mas na hora de pesar os sentidos ela se perde entre sentimentos sentidos também irreais.

  A sua maior falha era questionar tanto entre fazer ou não fazer, repensar um milhão de vezes se vale a pena mais um amanhecer, daquela forma, daquele jeito, sem mudanças, sem os olhos fechar, de ter a certeza que aquilo tudo daquela forma tinha que ficar.

   Ella tinha defeitos, ela mesma compreendia, já tentou os mudar, mas cada vez mais se perdia. Então ela deixou...
  
   Viu que o principal é se aceitar, fazer um esforço entre uma mudança para melhor, mas também um compromisso de manter sua essência. Era de fato uma mistura, do que se tinha, com o que deveria ter para poder ser realmente sua. Sua forma certa e ideal de ser, para atrás da felicidade correr.

Pois é disso que a vida se trata, entre andar e correr pelas ruas estranhas apenas atrás de uma felicidade nua e crua.

Inesperado Where stories live. Discover now