XIII - Rouxinol

6.1K 583 134
                                    

-Bom dia – Alicia empurrou a porta, enrolada em um roupão azul

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

-Bom dia – Alicia empurrou a porta, enrolada em um roupão azul. Os pesados cabelos caiam por metade do se rosto, emaranhados em largas ondas. Ela estava descalça, na ponta dos pés quase, e não tinha nem uma joia. A única maquiagem eram restos negros do dia anterior em volta dos seus olhos, e os lábios naturalmente vermelhos.

Todas as conversas da mesa pararam aos poucos, enquanto todas se viravam para ela, confusas e preocupadas.

-O que foi? Parece que nunca me viram antes – falou ela, tomando seu lugar na cabeceira da mesa – Perderam o apetite?

-Você está bem, Alicia? – perguntou Tina, muito delicadamente – Parece... Um pouco doente.

-Eu só estou cansada, obrigada por se preocupar Valenttina – ela jogou os ombros para trás, com um gemido de dor – Isabel, pode me passar à geleia?

-Claro – Isabel deu os ombros, pegando o potinho de vidro e estendendo sobre a mesa em direção a ela, com um olhar dócil que me intrigou. Assim que Alicia estendeu a mão para alcançar a geleia, a manga do roupão deslizou até seu cotovelo, revelando uma série de hematomas roxos. Isabel puxou o braço alguns centímetros – Assim que você explicar de onde veio isso!

-Alicia! – arfou Jin – O que aconteceu? Seu braço está... Horrível!

-Obrigada por afirmar o obvio – Isabel revirou os olhos, empurrando a geleia pela mesa; esta deslizou pela mesa, passando reto pelo braço de Alicia e se espatifando no chão, criando uma série de manchas roxas no piso branco, exatamente como as do braço de Alicia – Então? Vai nos contar de onde veio tudo isso?

-Você poderia pelo menos uma vez, não fazer tudo ser sobre você, Isabel? – perguntou Alicia, a voz chorosa e ressentida. Ela empurrou a cadeira para trás, e se levantou – Não estou mais com fome. Vou voltar a me deitar.

-Não quer que eu vá a enfermaria pegar uma pomada para você? – perguntou Kali, prestativa, se levantando, mas ela foi ignorada bruscamente, enquanto Alicia saia da sala, cruzando por Annie que olhou confusa para todas.

-O que aconteceu? – perguntou ela, olhando sobre o ombro para de onde veio. No corredor dos quartos, a porta de Alicia bateu com força.

-Pergunte a Isabel – suspirou Tina, se levantando e saindo também.

-Eu só queria... ARG, ajudar! – Isabel jogou a colher de prata longe, esta, ressoando enquanto batia na parede e no piso - Al diavolo, a tutti voi. AL DIAVOLO! Tweedledum! Tweedledee! Andiamo!

Ela saiu da sala, batendo os saltos no chão, seguida pelas gêmeas correndo atrás dela sem falar uma palavra. Annie pegou o lugar de Tina, servindo a si mesma de café fervente e por fim perguntou – O que foi tudo isso?

Kali explicou para ela resumidamente a cena que presenciamos, antes que Annie pudesse terminar sua xícara de café e concluir – E Isabel ainda espera se tornar rainha... – antes de sair da sala.

A Rainha Da Beleza - A Rainha da Beleza Livro I [NÃO REVISADO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora