Sju • Until dawn (part I)

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Era claro que a boa fase do Carolina Hurricanes tinha passado, era óbvio. Depois da revanche contra o Red Wings, o time ganhou apenas do Columbus Blue Jackets, então voltou a perder para o Dallas Stars e depois para o Pittsburgh malditos Penguins. E só para completar o humor de Elias estava longe de estar bom.

Sua namorada, por outro lado, parecia animada depois de encontrar a amiga que veio do Texas para conhecê-la pessoalmente e ver o jogo juntas, Missie o nome, era muito legal, mesmo namorando o capitão brigão do Stars.

Era oficial, a positividade de Elias tinha sido enfiada no orifício anal e para extravasar toda aquela tensão estava correndo aquela noite pelas ruas de Raleigh junto com John e Brett.

Brett estava ali porque... Bem, ele tinha acabado de terminar um namoro-que-não-era-namoro definitivamente, e John porque ele não tinha nada melhor para fazer.

O cunhado nos últimos meses estava bem empenhado em manter os músculos em ordem e a ideia de correr às 9 horas da noite pareceu ótima. Mesmo tudo estando errado.

Elias e Brett iam viajar para Minnesota na manhã seguinte, Joan estava jogando em seu apartamento enquanto já era para estar na Holanda, Ravena ia chegar a qualquer momento na cidade e Johnny tinha algum torneio se aproximando.

E naquela noite estavam todos sendo um pouquinho irresponsáveis, cada um por um motivo diferente, mas todos em prol de um tempo onde pudessem esquecer um pouco da rotina pesada e dos próprios problemas, sejam eles pessoais ou não.

– Como eu queria tomar uma cerveja hoje – Brett comentou, enquanto faziam o contorno do parque em direção ao condomínio deles.

– Por isso estamos correndo – o sueco respondeu, ofegante já.

Ele estava perdendo a forma?

– Uhum, uma maneira de escape saudável. – Sorriu o mais velho entre os três.

Era engraçado pensar que Johnny alguns meses atrás achava toda aquela convivência demais, hoje em dia era como lidar com um personal trainer, já que ele era formado em educação física.

– Começou... – Elias revirou os olhos e Pesce riu.

– Sabe, foi bom vocês terem me chamado pra correr, porque senão eu provavelmente estaria encarando meus próprios pensamentos sozinho e, com certeza, teria ingerido álcool.

– Acho que não faz mal quebrar as regras de vez em quando.

– Eu não estou ouvindo isso de você, Lindy – foi John que se pronunciou e os dois riram.

– É sério, se coloca no lugar e pensa – disse para o cunhado. – Se fosse a Joan terminando comigo, eu não teria me contentado com uma cerveja só.

Dammit. – Brett fez uma careta. – Amy usou uns argumentos tão ridículos, como se ela fosse só uma figurante na minha vida e não a protagonista. Como se o fato dela estar longe diminuísse o que sinto por ela – ele desabafou e os outros dois ficaram quietos, deixando que o amigo extravasasse. – Desde quando você mede a felicidade de alguém pelo instagram? Desde quando eu me mostrei uma pessoa tão superficial a ponto de só estar feliz quando posto fotos no meu instagram com meus amigos em festas regadas de bebidas e mulheres em cima de mim? Ridículo. – Revirou os olhos. – Ela se esquece que a minha vida não se resume a jogos, álcool e transa, como se fosse os caras da faculdade dela. Pra começo de conversa, a gente não pode nem beber durante a temporada.

– Você tentou explicar a sua visão pra ela? – John perguntou e Brett balançou a cabeça.

– É claro, mas ela me escuta? Ela cismou que não era mais o nosso momento e que a insegurança estava acabando com ela, então quer saber? Que se foda.

HurricaneWhere stories live. Discover now