Sexton • Paris

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Joan Brant respirava Roland Garros. Essa era uma verdade incontestável sobre ela, a tenista respirava o Roland Garros.

Quando pequena, o sonho daquela garotinha de olhos brilhantes e cabelos escuros que caíam como cascatas pelos ombros era – quem sabe – conhecer a Torre Eiffel um dia. Não a Disney, não Nova York, não o Big Ben... Paris. Ela tinha uma grande conexão com a cidade e ganhar o seu primeiro Grand Slam ali era um sonho que não parecia mais tão distante.

Ela andava com Ravena pelo Champs de Mars enquanto a prima cantarolava todas as músicas que tinham Paris no meio. Primeiro cantarolou uma do The Chainsmokers e depois uma do Magic Man.

Oh Paris, you know I held on too much – cantou em plenos pulmões e Joan riu.

– Eu amo essa música, me dá uma sensação tão boa – admitiu.

– Essa música é boa demais, você podia cantar comigo! Vai, vou te gravar em frente a famosa Torre Eiffel cantando Paris – disse, sacando o celular e a tenista cobriu o rosto.

Mas compactuou com a ideia de cantar em frente a uma de muitas maravilhas do mundo, rindo e se divertindo enquanto Ravena filmava e provava para o mundo que Joan era mesmo cara de pau.

– É disso que o mundo gosta – brincou e Joan gargalhou.

– Você é ridícula, ainda me faz pagar mico em pleno local público francês.

– Eu? Querida, isso foi por sua inteira e plena responsabilidade. – Riu, mudando de assunto bruscamente. – Quais as chances de eu conseguir bater um papo com Rafael Nadal?

– O que você quer dizer com isso, Ravena?

– Não sei... – Ela deu um sorriso arteiro. – O que isso parece?

– Rav, Rav... – Joan balançou a cabeça. – Mas eu adoraria ver você tentando a sorte.

– Eu só quero conversar mesmo, não que eu fosse negar un español caliente. – A tenista riu alto, achando aquilo tão absurdo e tão Ravena que doía. – Não conta pro Thiem, senão ele me mata.

– Ué, mas você não precisa do Thiem pra isso? – Ergueu a sobrancelha.

– É, não – Ravena respondeu. – Não preciso e eu estava brincando sobre Nadal, ele até prefere loiras, infelizmente.

– Sabia que era tudo uma farsa!

– Ah, poxa, se eu for ficar com um tenista vai ser um de patente mais baixa tipo aquele cara lá...

– Aham, sei bem quem é aquele cara lá. – Deu um sorriso sarcástico, ela não fazia ideia, era como mandar alguém pegar aquele negócio naquele lugar. – Mas por que você não fica com o Thiem logo? – provocou e Ravena revirou os olhos.

Not my type.

As duas andavam lado a lado pela calçada, aproveitando o dia ameno e colorido das ruas francesas. Dando uma olhada nas lojas e tirando fotos espontâneas uma da outra.

– Mas falando no Thiem, você por um acaso já pegou? – Rav perguntou e Joan franziu a testa, virando a cabeça em uma velocidade digna de meme.

– Não? Seria igual beijar meu irmão. – Fez uma cara de nojo e a prima riu.

– Ainda bem, então. Você sempre teve bom gosto – disse com um pouco de maldade na voz e Joan sabia que era porque os dois não se davam bem na maioria das vezes.

– Mas que pergunta foi essa?

– Curiosidade... – Ravena olhou para as pessoas, parecia estar pensando enquanto Joan analisava bem a expressão da prima, sabendo que não tinha acabado por ali. – Outra pergunta, quem você pegaria do Canes? Não vale Elias.

HurricaneWhere stories live. Discover now