Sjutton • Hurricane Love

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Rindo. Joan estava rindo desesperadamente enquanto andava com os dedos entrelaçados aos do namorado pela avenida mais famosa e luminosa de Paris, a Champs-Élysées.

Elias era de natureza uma criatura inusitada, era tão bobo e irônico que às vezes chegava a ser engraçado, mas não era sempre que ele se mostrava por inteiro. Divertido? Na maioria do tempo. Mas aquele jeitinho meio arrogante só algumas pessoas conheciam com exclusividade.

– Sempre soube que eu era o cara mais sortudo do mundo – disse quando pararam em frente ao Arco do Triunfo.

– Porque você é campeão mundial de hockey e tal? – Joan segurou as bochechas dele com uma mão e ficou na ponta dos pés para beijar seu dele.

– Não – respondeu quando ela o soltou, segurando a cintura da morena. – Sou sortudo pela mulher que tenho nos meus braços agora.

Own...

Então mais uma vez aquilo aconteceu, Joan se perdeu dentro dos olhos claros do namorado que sempre lhe causavam os mesmos efeitos. Era como se afogar em um mar calmo e ao mesmo tempo turbulento, lhe deixando sem fôlego de tantas maneiras diferentes que nada daquilo parecia real. Mas quando os dedos dela passearam pela barba loira e macia, o mundo pareceu se solidificar ao redor e o ar voltou aos seus pulmões.

Existia uma eternidade dentro dos poucos segundos que ela passava o encarando. Se a paz fosse um lugar, seria os olhos de Elias.

– Eu também sou sortuda – murmurou, pegando uma das mãos dele e colocando sobre o seu peito, mesmo com algumas camadas de roupa, era evidente o soar de um coração que batia rápido, que transbordava de um amor que ela nunca tinha sentido antes. – Isso é culpa sua.

– Devo me sentir lisonjeado ou preocupado? – Ele brincou, abrindo um sorriso e puxando a mão dela para o seu próprio coração. – Para alunos sinestésicos da vida, acho que hoje aprendemos o que é reciprocidade.

Joan sorriu e Elias não esperou mais nem um segundo para beijá-la, as mãos ainda paradas no mesmo lugar, um sentindo o que causava no outro, as batidas que juntas se assemelhavam a bateria de uma escola de samba.

– Como é possível, Elias? – questionou, ainda de olhos fechados, a testa que agora encostava na dele. – Como é possível você causar um rebuliço dentro de mim mesmo depois de tanto tempo? Eu não vou me acostumar com você nunca? Pelo amor de Deus, isso não pode ser normal.

– Eu não sei – respondeu. – Mas sou muito grato por você ainda se sentir assim, significa que estou fazendo alguma coisa certa nessa vida.

– Você faz coisas certas na vida desde sempre, nem comece. – Joan abriu os olhos. – Idiota!

Empurrou ele para longe dela, porém, tudo o que ele fez foi puxar ela de volta, colando mais uma vez os lábios nos dela.

– Acho que a gente já pode parar de fazer uma cena em pleno Arco do Triunfo... – ela começou e foi interrompida por um Elias que limpou a garganta.

– Bonaparte teria inveja do seu triunfo hoje – disse e Joan riu.

– Sabe, acho que algum sueco aí disse que essa seria a melhor noite da minha vida e, eu juro, ainda tô na expectativa. Mesmo essa já sendo a melhor noite da minha vida.

– Ah é? Você quer ajuda pra procurar esse sueco? – Deu um sorriso lascivo e Joan quis socar a cara dele, só para beijar depois.

– Talvez. – Ela jogou a cabeça para o lado e Elias voltou a segurar a mão dela.

– Acho que sei onde você pode encontrar... – Piscou e puxou ela em direção a outra rua.

...

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⏰ Última atualização: Jan 06, 2019 ⏰

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