Sju • Until dawn (part II)

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Ravena tinha conseguido alugar uma townhouse no bairro mais novo e privilegiado de Raleigh, conhecido como Brier Creek. Como ela tinha conseguido esse lugar tão procurado em tão pouco tempo ainda era um mistério para os 4 amigos, que estavam no carro de Elias em direção ao bairro.

Assim que o carro parou na calçada contrária a da casa de Ravena, era possível ver que o motorista do caminhão ajudava a moça a descarregar algumas caixas.

E nem eram 11 horas da noite.

– Lúcifer – foi John o primeiro a gritar enquanto atravessava a rua –, por que se mudar quase de madrugada?

– Oi, Johnny! Tudo bem? Sempre bom te ver – Ravena respondeu, pingando sarcasmo por suas cordas vocais. – Eu gosto de viajar durante a noite e meu amigo Fred também, então estamos ótimos.

– Maldita. – Ele revirou os olhos e subiu no caminhão, começando a ajudar o tal Fred a descarregar as caixas.

– É muito amor. – Joan se aproximou da prima e a abraçou. – Que saudades eu estava de você, coração.

– Saudades de você também, coração – Ravena respondeu com um sorriso no rosto e apertou ainda mais Joan, chegou até a fechar os olhos, porém, logo se deparou com os dois jogadores de hockey. – Bom, um bonitão eu já conheço, mas quem é o outro?

– Brett Pesce. – Ele levantou a mão para cumprimentar a prima de Joan.

– Ravena Brant.

Os dois apertaram as mãos e Joan podia ver os olhos da prima brilhando de interesse, Elias só limpou a garganta quando o cumprimento passou a demorar demais e logo a atenção de Ravena foi toda para ele.

– Olha se não é meu sueco favorito. – Ela o abraçou. – Depois do Eddie, é claro.

– É claro. – Elias riu, balançando a cabeça e puxou Brett para auxiliar com as caixas.

– Eu adorei seu macacão! – Ravena mal lançou o elogio e se pôs a puxar a prima para dentro de casa, subindo as escadas para o segundo andar.

– Obrigada? – Joan respondeu, acompanhando a mais velha. – Por onde começamos? – perguntou olhando todas as caixas e malas que já estavam no cômodo, onde provavelmente seria o quarto de Ravena.

– Então, vamos começar pelo começo. Eu e Fred já trouxemos tudo para o quarto, a cama só falta montar e já trouxemos a cômoda, o guarda-roupa eu compro depois, nas caixas têm roupa e coisas de enfeite, enfim... – Ela foi apontando para os lugares enquanto falava. – Os meninos vão descarregar as coisas da cozinha e sala. Eu me livrei de muita coisa em Nova York mesmo, então é só começar uma vida nova.

– Não sei como você consegue ser tão desapegada assim – Joan disse, prendendo o cabelo e Ravena sorriu.

– São só bens materiais, Jo – explicou. – Depois que você passa um tempo na África, você percebe que nada disso realmente vale alguma coisa na vida, e você sabe disso.

– Sim, sei que a nossa vida cabe em uma mala – Joan completou, se lembrando da ligação que tinha feito para a prima quando também viajou para a África do sul, a viagem que antecedeu algumas outras pelo país com elas juntas.

– Isso, e ainda sobra muito espaço. – Ela apertou a bochecha da mais nova e apontou para a cama e o colchão. – Me ajuda com isso primeiro.

A tenista concordou e colocou a mão na massa. Ravena estava com as madeixas escuras presas em um rabo de cavalo, mas ainda assim usava uma de suas tiaras de tecido inseparáveis, era azul de bolinhas brancas. Vestia uma legging e uma camisa larga do Metallica, a sapatilha confortável em seus pés e ela estava pronta para virar a noite.

HurricaneWhere stories live. Discover now