25. A volta do demônio

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Em julho de 2018, durante uma transmissão ao vivo, um jornalista da rede Record de televisão rivalizou ao exibir um aplicativo gay no celular para os telespectadores

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Em julho de 2018, durante uma transmissão ao vivo, um jornalista da rede Record de televisão rivalizou ao exibir um aplicativo gay no celular para os telespectadores.

As imagens repercutiram no Facebook e WhatsApp e mostraram o apresentador do programa Cidade Alerta exibindo um smartphone para as câmeras, a fim de explicar como funcionava um outro aplicativo para acompanhar o programa online.

Entre os aplicativos na tela estava o Grindr, utilizado pela comunidade gay para sexo e encontros. As pessoas ficaram espantadas quando viram isso — como se realmente fosse raro um homem casado há mais de 30 anos trair a mulher e se encontrar às escondidas com um homem.*

— O que diabos você fez? – Gritou Judith, assim que pus os pés em casa – Ficou maluco de vez?

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— O que diabos você fez? – Gritou Judith, assim que pus os pés em casa – Ficou maluco de vez?

— Fiz o que achei necessário.

— Quer apavorar São Paulo inteira? Você invadiu um programa ao vivo, bateu no apresentador e, sério, aquele seu discurso foi uma verdadeira porcaria! Deveria ter pelo menos deixado eu escrever algo decente para você.

— Não tente dialogar com ele – interveio Yuri, que até então estava apenas sentado no sofá observando a cena – Jonas nunca foi bom com as palavras, mas é orgulho demais para admitir.

Revirei os olhos, cansado. Joguei meu casaco em um canto e a máscara do Lutador Verde em outro.

Minha noite havia sido agitada e os primeiros sinais do sono chegavam.

— Se Antoni não gostava de você antes, acho que agora ele é seu inimigo declarado – continuou Yuri. – Deveria ter ficado longe dele depois da nossa conversa com o diretor da emissora.

— Concordo com o garoto – admitiu Judith. – Não foi um bom plano invadir o estúdio e nem dizer todas aquelas coisas. Parecia um lunático na tentativa de recrutar as pessoas para uma seita. Quais palavras você usou mesmo? "Precisamos nos unir para acabar com os homofóbicos que vivem entre nós". Isso foi assustador.

— É verdade – destacou o mais jovem. – Agora a polícia está ainda mais na sua cola. Esse casaco que você usou, trate de nunca sair de casa com ele. Se não quer usar o uniforme que comprei, pelo menos não use suas próprias roupas para se caracterizar.

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