26. Enfim descoberto

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Não é apenas nosso país que deixa homofóbicos saírem impunes de seus atos. Em 2016, um jovem homossexual foi espancado e teve o rosto desfigurado por um ataque que ocorreu em uma das unidades do Burguer King em Miami (EUA). A vítima, Jordan Schaeffer, contou que logo após dar um selinho no namorado foi abordado por um homem que passou a ataca-lo com termos pejorativos. Sobre o ocorrido Jordan comentou: "Falar sobre isso me deixa desconfortável. Estamos em 2016 e em uma cidade como Miami Beach, onde eu pensei que ser gay seria muito aceito".

Na época, a lanchonete não se pronunciou sobre o ocorrido e o autor do crime se manteve foragido.*

  Imagino que talvez, se houvesse um Lutador Verde por lá, ao menos o culpado teria sido preso. E isso é o que me dá força de vontade para treinar Yuri e criar uma nova levas de pessoas que batalham pelo que é certo.  

No início, não gostei da ideia de ensinar Yuri a lutar

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No início, não gostei da ideia de ensinar Yuri a lutar. Fisicamente ele era fraco, não sabia pensar rápido em combate e foram poucas as vezes que conseguiu me atingir quando praticávamos. Parecia um risco elevado deixar que o garoto fosse para as ruas comigo, mas resolvi lhe dar uma chance.

Após enxergar uma melhora no rendimento dele, o introduzi aos poucos no universo do Lutador Verde. Para isso Yuri criou uma máscara semelhante à minha, com detalhes dourados nas pontas e que lembrava um pouco o formato do disfarce da Mulher-Gato de 1966.

O visual que Yuri quis era andrógeno, então ao invés de usar uma blusa com capuz igual a mim preferiu vestir uma roupa mais colada ao corpo e botas pretas. Por fim, para não chamar tanta atenção, ele optou pela cor preta.

— Espero que essa bota seja boa para correr – alertei, enquanto andávamos um ao lado do outro. - Senão te deixo para trás se precisarmos fugir.

— Minhas botas são confortáveis e fabulosas. Consigo correr uma maratona com elas. – Yuri respondeu, enquanto passávamos pelo beco entre as casas noturnas GLS da cidade – Ainda acho que deveria usar a roupa que comprei para você. Só um capuz e uma máscara é muito sem graça.

— Não gosto de me fantasiar – rebati. – Não quero sair desse jeito.

— Alguma coisa errada com o meu visu?

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