10. WICKED is good

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Kaylee, Thomas e Minho sairam correndo da casa de mapas e retornaram para a clareira sendo seguidos por Clint e Jeff. Chuck estava parado em ponto da clareira gargalhando com a cena a sua frente.

— Chuck, o que foi? — Thomas perguntou.

Chuck apontou pra frente.

— Garotas são incríveis.

Kaylee olhou na direção em que Chuck apontava uma cena trágica mas também um tanto engraçada. Teresa estava no topo da casa na árvore gritando e jogando pedras nos garotos que tentavam faze-la descer.

Kaylee levou as mãos a boca em choque e correu pro meio dos meninos, ficando junto com Newt e Zart embaixo de uma tábua, enquanto mais pedras eram jogadas lá de cima. Os meninos tentavam de todos os jeitos faze-la parar, Gally até tentou ameaçá-la mas recebeu uma pedrada na cabeça em resposta.

— Ei! Para! Sou eu a Kaylee! — Kaylee gritou.

As pedras finalmente pararam,  Kaylee olhou pra cima e acenou para a garota que se escondeu no mesmo instante.

— Eu vou subir lá.

— Vou com você. — Thomas disse.

Kaylee agarrou os braços dele o mantendo no lugar, os garotos se reuniram ao redor deles para ouvir o que Kaylee iria dizer.

— Eu preciso ir sozinha, Tommy. Ela não parece ser muito receptiva com garotos como já vimos. — Riu.

A garota abriu espaço entre os meninos e subiu as escadas para o topo da casa na árvore. Ao abrir a porta que dava acesso ao topo, ela foi recebida com um facão apontado pra ela.

— Ai meu deus!

— Kaylee! Tudo bem!? — Elas ouviram a voz preocupada de Thomas.

— Eu to bem, Tommy! — Gritou de volta.

Ela voltou a atenção para a garota de cabelos escuros, subindo completamente na casa na árvore mas ficando a uma distância segura em que a garota não pudesse machucá-la.

— Onde eu estou? Que lugar é esse? Por que eu não lembro de nada? — Perguntou.

— Tudo isso é normal, aconteceu o mesmo comigo e com os outros também. Você vai se lembrar do seu nome em alguns dias e como se fosse a unica coisa....

Teresa. — A garota a interrompeu.

Kaylee sorriu. Ela estava certa desde o início. A garota em sua frente era a mesma garota que aparecia em seu sonho, a mesma que disse que tudo iria mudar.

— Eu sou a Kaylee, mas acho que você já sabia disso né. — Riu.

— Eles disseram que falei seu nome enquanto dormia. Quem é você?

Kaylee a olhou estranho.

— Eu não sei, não consigo me lembrar de nada da minha vida antes desse lugar. Acordei exatamente como você. — Kaylee suspirou.

O olhar no rosto de Teresa era indecifrável, o facão ainda estava apontado na direção da ruiva. E com muito cuidado, Kaylee se aproximou com um meio sorriso e tirou o facão da mão de Teresa.

— Kaylee? O que esta acontecendo aí em cima? — A voz de Gally veio lá de baixo.

Kaylee levantou do chão e olhou na pra baixo. Todos os meninos ainda estavam reunidos lá embaixo, curiosos como sempre.

— Ela vai descer? — Newt perguntou.

Kaylee voltou a olhar para Teresa, a garota balançou a cabeça freneticamente. Ela realmente não queria contato com aqueles meninos.

— Deixa a gente sozinha por um tempo, vamos descer logo, logo.

Thomas não gostou nada da ideia de deixar Kaylee sozinha com a garota nova, algo nela não parecia confiável, mas Kaylee sabia se cuidar, ela ficaria bem. Newt expulsou todos os meninos, ele também não estava confortável com as duas juntas lá em cima, mas decidiu dar um voto de confiança para Kaylee.

Kaylee e Teresa se sentaram lado a lado na casa na árvore, observando toda a clareira dali. Kaylee explicou a Teresa como tudo funcionava ali, explicou as regras e contou tudo que havia acontecido com ela quando chegou ali. Em segundos elas já haviam virado amigas.

Kaylee tirou um papel do bolso e entregou para Teresa, a morena desdobrou o papel e leu as palavras em voz a alta.

Ela é a última. O que significa? — Perguntou curiosa.

— Ninguém sabe, so sabemos que desde que você chegou, a caixa não voltou a descer. Os meninos estão preocupados, principalmente o idiota do Gally. — Kaylee apontou com a cabeça na direção do garoto que as observava de longe.

— Ele acha que é culpa minha.

Kaylee acentiu suspirando.

— Tem certeza que não se lembra de mais nada? — Kaylee perguntou.

— Eu me lembro de água, de me sentir que estava me afogando, é uma voz, uma voz feminina que dizia que tudo ia mudar.

Algo pareceu ligar no cérebro de Kaylee, a mulher loira do seu primeiro sonho apareceu em sua mente. Ela caminhava por um corredor mal iluminado, repetindo a mesma frase sem parar.

— Cruel é bom. — Kaylee sussurou.

Teresa acentiu.

— Desde que eu cheguei aqui, eu tenho tido sonhos, em um deles uma mulher loira aparecia. Ela tinha as letras: C.R.U.E.L marcadas no uniforme. É agora eu me lembro dela dizer essa frase. É também tem você...você apareceu em um deles, você disse que algo terrível aconteceria, e que eu precisava fugir, você disse que tudo ia mudar. — Kaylee disse.

— O que isso significa? — Perguntou.

— E-eu não sei. Eu só consigo me lembrar de certas partes. — Respondeu.

— É os outros? Eles não se lembram de nada? Nada mesmo?

Kaylee balançou a cabeça cabisbaixa.

– Somos diferentes. – Kaylee riu sem humor.

Teresa se calou. Ela colocou as mãos no bolso da calça e tirou de lá duas seringas com um líquido azul dentro, as entregando para Kaylee.

A ruiva passou os dedos pelas letras em alto relevo marcadas em cinza nas seringas.

C.R.U.E.L

— E se nós duas fomos enviadas por alguma razão específica. — Teresa disse.

A mente de Kaylee viajou até a imagem do garoto que sofria amarrado na cama da enfermaria. As seringas era um antídoto para a transformação. Tinham que ser.

— Alby.

The Maze Girl {The Maze Runner}Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora