The Maze Girl {The Maze Runner}

07. Inside the Maze

Kaylee e Thomas caíram no chão gelado do labirinto ao mesmo tempo em que as portas atrás deles se fecharam. Kaylee se arrependeu no mesmo instante do que havia feito. Ela provavelmente estaria morta ao amanhecer.

— Parabéns, acabaram de se matar.

Minho era sarcástico até nas situações em que deveria manter a boca fechada, e isso irritava Kaylee.

Ignorando a presença do asiático, a garota se levantou do chão frio e se aproximou do corpo de Alby, seu corpo estava imóvel, e ele tinha um corte enorme na cabeça.

— O que aconteceu? — Thomas perguntou.

— O que parece que aconteceu? Obviamente ele foi picado. — Minho respondeu.

Kaylee revirou os olhos perante a falta de educação e empatia do asiático, ela queria dar outro soco no garoto, so que dessa vez, queria fazê-lo desmaiar.

Um barulho estranho veio de um do lado esquerdo do labirinto, Kaylee olhou assustada na direção do som. Antes que ela ou Thomas pudessem fazer alguma pergunta, Minho se levantou e começou a se afastar.

— Precisamos ir.

— Minho espera. Não podemos deixar o Alby aqui. — Disse Thomas.

Depois de muita relutância, Minho finalmente ajudou Thomas a levantar Alby, juntos os quatro andaram pelos corredores do labirinto tentando achar um lugar seguro para se esconderem. A luz do sol já tinha desaparecido, dando lugar a noite escura e fria.

Kaylee caminhava na frente enquanto Minho e Thomas vinham atrás carregando Alby, Minho guiava a garota pelos corredores, mas a cada esquina que viravam davam de cara com um corredor sem saída.

— Pra onde agora? — Perguntou Kaylee ao dar de cara com outro caminho sem saída.

Minho não respondeu, Kaylee se virou vendo os dois garotos deixarem Alby sentado contra a parede do labirinto. Os dois estavam ofegantes e pareciam exaustos,  eles precisavam de descanso, Kaylee sabia disso, mas ela também sabia que não podiam continuar ali.

Aquele barulho estranho foi ouvindo novamente, parecia estar mais perto agora.

— Isso não vai dar certo, precisamos sair daqui. — Disse Minho desesperado.

— Não, não podemos deixar o Alby aqui, precisamos escondê-lo. — Kaylee falou.

— onde? — Perguntou.

— Não sabemos Minho, não tem um lugar seguro pra deixar ele? — Thomas perguntou.

Minho furioso, empurrou Thomas contra a parede com força, assustando Kaylee.

— Escuta aqui seu Mertila, olha ao nosso redor, nós não temos pra onde ir, vocês não estão entendendo, nós quatro já estamos mortos. — Respondeu.

Kaylee passou as mãos noa cabelos e se encostou na parede fria do labirinto, seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela não deixou nenhuma cair.

Thomas se levantou do chão olhando fixamente para o muro coberto de hera, ele tinha tido uma ideia, mas precisava de Minho e Kaylee para faze-la funcionar.

Os três amarraram Alby com os galhos começaram a puxar. A ideia de Thomas era deixar Alby escondido no meio das folhas que cobriam os muros, enquanto eles tentariam sobreviver.

— 1,2,3....

Alby era pesado, e isso dificultava o trabalho dos três. Os braços de Kaylee já estavam ficando dormentes e ela não aguentaria fazer isso por muito tempo.

Aquele barulho foi ouvido novamente, Kaylee fechou os olhos tentando manter o foco na corda que estava puxando, mas Minho decidiu ver de onde vinha o barulho e a garota sabia que não era boa ideia.

— Minho, o que esta fazendo? — Perguntou.

A expressão no rosto de Minho assustou ainda mais Kaylee e com a mão livre, ela puxou o garoto de volta.

— Nós precisamos ir! — gritou desesperado.

— Não. Fica comigo Minho. — Disse Thomas.

Mas Minho não ouviu, Thomas o ouviu sussurrar as palavras "foi mal novato" antes do asiático sair correndo levando a garota junto com ele. Thomas não conseguiria esconder Alby sozinho, naquele momento ele teve certeza que iria morrer.

Minho correu pelos corredores do labirinto o mais rápido que pode, arrastando uma Kaylee furiosa com ele. A garota juntou todas as suas forças e puxou o garoto asiático o fazendo parar de correr.

— O que você esta fazendo? Nós precisamos correr, vamos morrer se ficarmos parados aqui! — Disse Minho ofegante.

Ele tentou fazer a garota correr novamente, mas ela não se mexeu. Ela não pudia ir sabendo que Thomas estava em perigo nesse exato momento.

— Garota, qual o seu problema!? — Gritou.

— Eu que pergunto qual é o seu problema, Minho. Vai mesmo deixar o Thomas e o Alby morrerem!?

Minho não respondeu, ele apenas abaixou a cabeça. Kaylee soltou um riso sarcástico e se afastou do asiático, pronta pra voltar pra onde Thomas estava. Mas Minho seguro o braço dela antes que ela pudesse começar a correr.

— Esta querendo levar outro soco na cara, Minho? Dessa vez eu posso quebrar o seu nariz. — Falou irritada.

– Não me faça ameaças, mimadinha.

— Então me solta. — Minho a obedeceu.

— Kaylee, você vai morrer se voltar.

— Eu sei. — Ela olhou pra ele. — Mas eu não vou abandonar o Thomas. Nunca.

Minho observou a menina desaparecer pelo corredor, ela estava certa em voltar, ninguém merecia morrer esta noite. E por esse motivo, ele correu atrás da garota tentando alcançá-la.

Eles pararam no final do corredor e viram o exato momento em que Thomas e o verdugo caíram no chão. Kaylee correu em direção ao garoto e o abraçou, Thomas levou um susto enorme mas relaxou ao ver quem era.

— Você é muito maluco, cara. — Disse Minho.

O verdugo começou a se levantar e soltou um rugido alto, Thomas e Minho correram pra longe, mas Kaylee permaneceu estática no lugar. Ela estava pronta pra ser atacada por aquela criatura estranha, mas a unica coisa que a criatura fez foi ficar parada no lugar olhando fixamente pra Kaylee. A garota finalmente conseguiu se mover, mas ao invés de correr como esperado, ela se aproximou da criatura, mas antes que ela pudesse tocá-la, Thomas apareceu e a puxou pra correr com ele. A criatura saiu do transe e perseguiu os três pelos corredores.

— Por que ele não te atacou? — Minho perguntou enquanto corriam.

— Não faço ideia. — Respondeu.

Eles chegaram em uma parte do labirinto em que as paredes estavam se movendo, elas estavam se fechando, igual ao que acontecia com as porta da clareira.

— Vamos, nós despistamos ele aqui.

Minho correu pelo espaço que diminuía cada vez mais com Kaylee atrás dele. Enquanto observava os dois correrem, uma ideia um tanto suicída surgiu na cabeça de Thomas. Ele olhou pra trás vendo a criatura se aproximar cada vez mais dele.

— Thomas, o que ta fazendo? – Kaylee gritou.

Thomas olhou novamente pra criatura.

— Vem cá! – Gritou.

A criatura se jogou em cima dele mas antes que ela pudesse pegá-lo ele correu pelo pequeno espaço, ouvindo os gritos de incentivo do asiático.

— Corre, Thomas! Não olha pra trás.

Kaylee ficou calada vendo o garoto passar pelo pequeno espaço com aquela criatura estranha atrás dele, faltava pouco pras paredes se fecharem se ele não corresse mais rápido, seria esmagado pelas paredes. O corpo de Kaylee começou a tremer a medida que o garoto se aproximava e sem conseguir se segurar a garota gritou com lágrimas nos olhos.

— Thomas!